INDICE CRISTÃOS BEREANOS

quinta-feira, 11 de janeiro de 2024

QUAL É A DIFERENÇA ENTRE HEBREUS, ISRAELITAS OU JUDEUS?

Biblicamente falando os hebreus são os descendentes de Heber (2385-1921 a.C.). Heber era filho de Salé (2415-1982 a.C.), que era filho de Arfaxad (2450-2013 a.C.), que era filho de Sem (2899-2297 a.C), que era filho de Noé (3051-20101 a.C.). Noé era a nona geração depois de Adão. (Gênesis 10: 21-24).


Então todos os descendentes de Heber, entre eles Abraão e seus filhos, Issac e seus filhos e Jacó e seus filhos, passaram a se chamar hebreus. De Heber até Abraão, houve seis gerações: Pelegue (2351-2112 a.C.), Reu (2321-2082 a.C.), Seregue (2289-2058 a.C.), Naor (2259-2140 a.C.) e Terá (2230-2025 a.C.)


Terá, um descendente de Heber, teve três filhos: Abraão ((2160-1985 a.C.), Naor e Aran. No ano 2085 a.C. Terá saiu de Ur, levando seu filho Abraão, e seu neto Ló, filho de Aran. Abraão era casado com Sara (2150-2023 a.C) que também era sua irmã por parte de pai. Já Naor casou com Melca, sua sobrinha, filha de seu irmão Aran. Ur era uma importante cidade suméria que foi conquistada lá pelo ano 2300 a.C., pelos acadianos, um povo semita chefiados por Sargão (2315-2798 a.C.).


No ano 2086 a.C. nasceu Ismael (2086-2223 a.C.), filho de Abraão com sua escrava Agar (Genesis 16: 1-15). No ano 2060 a.C. nasce Isaque (2060-1880 a.C.) filho de sua esposa Sara (2150-2023 a.C.). No ano 2030 a.C. com 130 anos de idade Abraão casa com Cuetura, com quem tem os seguintes filhos: Zamran, Jecsan, Madan, Madian, Jesboc e Sué. Jecsan, foi pai de Sabá e Dadan. Já Madian, foi pai de Efa, Ofer, Henoc, Abida a Eldaá (Gênesis 25: 1-4), Eles deram origem aos midianitas.


Já os descendentes de Isamel, filho de Abraão com sua escrava Agar, foram: Nabaiot, Cedar, Adbeel, Mabsan, Masma, Duma, Massa, Hadad, Tema, Jetur, Nafis e Cedma. (Genesis 25: 12-16). Eles deram origem aos povos árabes, entre eles os edomitas e nabateus.


Isaque (2060-1880 a.C.), filho de Abraão com sua mulher Sara, casou com Rebeca no ano 2020 a.C. Rebeca era filha de Naor, irmão e Abraão, portanto prima de Isaque. Com ela teve dois filhos gêmeos: Esaú (2000-1870 a.C.) e Jacó (2000-1853 a.C.).


No ano 1960 a.C. com 40 anos, Esaú casa com Judite, filha de Berere e com Besameta, filha de Elon. Ambos eram hititas. Esaú, percebendo que seu pai Isaque, não tinha aprovado seu casamento com “filhas da terra”, então casou com Maalate, que era filha de Ismael, que era filho de Abraão. As três mulheres deram a Esaú cinco filhos: Com Besamate (Ada) teve Elifaz; com Betsamete, teve Reuel, e com Maalate (Oolibama), teve Jeús, Jalão e Corá. (Gênesis 36: 20-43).


No ano 1916 a.C.,Jacó casou, com duas irmãs: Lia e Raquel. Ambas eram filha de Labão que era irmão de sua mãe, Rebaca e portanto eram suas primas. Com elas e mais duas criadas ele teve doze filhos. Com Lia, teve Rubem (1916-1826 a.C.), Simeão (1915-1838 a.C.), Levi (1814-1831 a.C.), Judá (1813-1819 a.), Isaacar (1910-1822 a.C.), Zebulon (1910-1821 a.C.) e Diná (1809 a.C.). Com Bila, serva de Raquel, teve Dan (1913-828 a.C.), Narftali (1912-1815 a.C.). Com Zilpa, serva de Lia, teve: Gade (1912-1916 a.C.), Aser (1911-1824 a.C.). Com Raquel, a esposa preferida, ele teve José (1909-1799 a.C.) e Benjamim 1900-1793 a.C.).


Então todos os descendente de Abraão, incluindo seus irmãos, seus filhos e sobrinhos eram hebreus porque todos tinham a mesma origem. Todos descendiam de Abraão, da linhagem de Heber.


Quando Deus trocou o nome de Jacó para Israel, (Gênesis 32: 29), todos os filhos de Jacó, seus netos e descendentes passaram a ser chamados de israelitas. Então israelitas são apenas os que descendem  dos 70 descendentes dos 12 filhos de Jacó que foram para o Egito.


E como israelitas eles viveram no Egito por 430 anos de 1870 a 1440 a.C. Enquanto isso os demais descendentes das famílias de Abraão, Isaque, Esaú e outros, continuavam a viver em Canaã, e continuavam a ser hebreus. Mais tarde vão se encontrar novamente e guerrearão pelas terras de Canaã.


No ano 1440 a.C quando os israelitas saíram do Egito e 40 anos depois se instalaram em Canaã, não encontraram só povos de várias nacionalidades e etnias, mas também muitos descendentes Heber, Abraão, Ló,  que eram hebreus como eles mas não israelitas.


Além de se incompatibilizarem com os vários povos que vivam em Canaã, os israelitas tinham suas divergências internas. Não só lutavam contra os outros povos mas também entre si próprios, tanto que nos cerca de 400 anos que viveram na Canaã, depois da saída do Egito, nunca conseguiram formar uma nação.


Somente lá pelo ano 1050 a.C. é que Saul formou uma coligação das várias tribos, mas que logo foi rompida com lutas internas terminando por ele ser assassinado. Então pelo ano 1010 a.C., Davi assumir o trono de Israel com uma dissidência de Isoset, ao norte. No ano 1008, finalmente Davi,(1010-1970 a.C.) unificado todo o reino. que dura menos de 80 anos. Em 932 a.C. há o rompimento definitivo. Dez tribos que vivam no norte criam o reino de Israel, com Jeroboão (932-911 a.C.) como rei. No sul duas tribos formam o reino de Judá, sob o reinado de Roboão (932-921 a.C.).


No ano 722 a.C. os assírios comandados por Sargão II (722-705 a.C.) tomaram o reino de Israel ou norte, formado por 10 tribos e depois de estuprarem todas as mulheres, levaram os homens cativos para a Assíria onde todos são submetidos a trabalhos forçados até a morte. Nenhum deles voltou para contar a história. Então outros povos, principalmente assírios e arameus ocupam a região, casando com as mulheres que haviam ficado. O reino de Israel desapareceu para sempre e os israelitas também.


Já no sul o reino de Judá continuou sobrevivendo apenas com a tribo de Judá, já que a tribo de Semeão já havia sido aniquilada pelos filisteus, quando esses chegaram na região por volta do ano 1200 a.C. Os poucos sobreviventes se juntaram a tribo de Judá perdendo sua identidade própria. Também remanescentes da tribo de Benjamim se uniram a tribo de Judá, desaparecendo também como tribo. Então todos passaram a ser apenas judeus.


No ano 587 a.C. Nabucodonossor II (626-562 a.C.), rei caldeu da Babilônia, conquista Jerusalém e destrói o tempo, levando os judeus cativos para a Babilônia. Já no ano 539 a.C. Ciro (538-530 a.C.), rei dos persas, com a colaboração dos judeus, conquista a Babilônia, e em retribuição a colaboração, liberta os judeus do cativeiro.


Resumindo. Todos os descendentes de Heber ((2385-1921 a.C.). eram hebreus. Somente os 70 descendentes de Jacó (2000-1853 a.C.), que foram para o Egito, se tornaram os israelitas. Já os únicos sobreviventes dos israelitas que eram da tribo de Judá, e que retornaram do cativeiro da Babilônia, se tornaram os judeus, denominação que perdurou dali para diante até os dias de hoje. .


Há lendas que afirmam alguns sobreviventes das tribos dos israelitas do norte possam ter fugido dos assírios e se refugiado em outras partes do mundo. Mas isso são apenas suposições sem nenhuma evidência histórica ou genética que prove que isso seja verdade. Não foi encontrado resquícios genéticos dessas tribos em nenhuma parte do mundo.

quarta-feira, 15 de junho de 2022

 UM DEUS EM 3D

Texto: Isaias 12. (Podemos chamar o salmo do profeta Isaías.)

Deus agindo em três momentos da história de Israel e também na história humana. O 3D aqui neste contexto se refere a ação dimensional de Deus na vida de seu povo e da humanidade, visto que a historicidade de Israel aponta a situação da humanidade, embora sendo eles o povo responsável para dar testemunho de Deus Jeová (Yehovah) na terra, não lograram êxito, mas mostraram que mesmo em suas transgressões, a ação divina em favor dos seus escolhidos. Visto que Deus assim, quis alcançar não somente a nação, mas alcançar por fim toda a humanidade com a sua maravilhosa salvação (Jo 3.16).

O texto profético de Isaías aponta para a situação espiritual de Israel (Judá) que vivenciando naquele momento, estavam num trajeto de desobediência e pecado, após pronunciar peso da palavra do Senhor à nação nos primeiros capítulos, o profeta lembra ao povo, que mesmo eles sendo levado ao cativeiro, chegaria enfim o dia em que poderiam cantar e reconhecer as grandes misericórdias do Senhor, que provou seu povo, mas enfim restaurou sua sorte. Por isso Isaias diz: “Naquele dia dirás...” ou noutra versão: “Orarás naquele dia...” (Revista e Ampliada). Isaias começou a profetizar antes da queda de Israel (722 a.C) para o cativeiro. E passou pelo momento crucial do povo na escravidão da Assíria.

Ao falar o título desta singela mensagem, podemos até imaginar que o título sobre Deus em 3D seria uma referência (Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo) a Trindade Santíssima ou até mesmo a forma como Deus faz a sua obra. Portanto, Ao dizer sobre “Deus em 3D” me refiro ao agir de Deus em 3 dimensões históricas ou seu agir em 3 situações da vida no que se refere à sua salvação para nós. 

Com base no primeiro versículo posso dizer que “Eis que Deus é a minha (a tua e é a nossa) salvação”, em três dimensões temporais: passado, presente e o futuro.

1.    1.  NO TEMPO PASSADO. (v.1).

A verdade, é que Deus conhece as nossas vidas, antes mesmos antes de nascermos, a trajetória da nossa existência está diante dele como um jornal que já foi lido, cujos acontecimentos já se passaram. Mas no passado Ele estava conosco, vendo a nossa desventura forma de viver no pecado sem “esperança e sem Deus no mundo” (Ef 2.12). No tempo da invasão de Senaqueribe, foi Deus que salvou Seu povo, nãos os muros que cercavam Sião ou os exércitos de Judá (Is 37:33-36). Nos últimos dias, o remanescente fiel será salvo do poder do inimigo pelas mãos do Senhor.

a.      Tu estavas irado contra mim; por causa do meu pecado. (Is. 54.7; Nm 25.3; Sl 38.1-5). Embora nascidos em pecados, carregamos em nós a natureza que nos inclina para o mesmo, por isso éramos incapazes de sair da situação que vivíamos e incapazes de ficar livres da mesma. O quadro de Israel era o mesmo, foram escravos do Egito e incapazes sair de lá, preciso foi Deus enviar o “resgatador” Moisés e assim libertar a mesma. Era o passado mais remoto da nação, que ainda na trajetória até a terra prometida prevaricaram contra Deus levantando a sua ira. (Nm 25.3) mas que a mesma já estando no lugar prometido, mesmo liberto da opressão do Egito, estavam presos pelos domínios do pecado que os acercavam das vizinhas nações. Caiam sempre, se arrependiam quando repreendidos e Deus os acolhia. (Is 54.7).

“Juntando-se, pois, Israel a Baal-Peor, a ira do Senhor se acendeu contra Israel”. (Nm 25.3).

“Por um pequeno momento, te deixei (este deixa era o castigo), mas com grande misericórdia te recolherei” (misericórdia de Deus, quando Ele sabe que merecemos o que merecemos por causa do pecado, mas ele nos perdoa). (Is 54.7)

b.      Como outrora contra o mundo antigo. (Ex 6.13; 7.21-23; Sl 90.11). No passado, através de Moisés, Deus agiu na ira contra a nação do Egito, revelando o seu domínio e soberania sobre a terra, para isso Deus advertiu os filhos de Israel, assim deu instruções de advertências contra Faraó. (Ex 6.13). A forma que cada um recebera a palavra de Deus, assim fez Deus agir, levando as pragas para a nação (Ex 7.21-23). Assim é preciso que despertemos através dos exemplos históricos, que não devemos proceder no pecado e nem na provocação da Ira do Senhor. (Sl 90.11). Paulo nos adverte: “Por que do céu se manifesta a ira de Deus, sobre toda a impiedade e injustiça dos homens que detém a verdade em injustiça”. (Rm 1.18).

2.  NO TEMPO PRESENTE. (v.2).

a)    Deus é minha salvação.  Jesus levou a ira sobre si. (Is 53.5-8). O mundo estava totalmente sem rumo, Deus não perdera a autoridade sobre o mesmo, mas precisava resgatar o home da sua situação pecaminosa, Israel o povo da promessa de Abraão, que viria ao mundo para por meio dele trazer benção espirituais a humanidade e a sua salvação (Gn 12.1-3) “Em ti serão benditas todas as famílias da terra”. A nação no presente momento de Isaias, estavam pecando e provocando a ira de Deus (o mundo jaz no maligno... I Jo 5.19 - pecando contra Deus). Deus precisava disciplinar seu povo para conduzi-los ao arrependimento, assim como o mundo precisa padecer para reconhecer o amor de Deus. O povo que veio da promessa, embora improváveis para trazer solução divina, por causa do pecado, formam eles mesmos, de onde Deus proveu a salvação da humanidade, enviando seu Unigênito Filho para tornar-se carne “...em semelhança da carne do pecado, pelo pecado condenou o pecado na carne” (Rm 8.3) para morrer por nós no madeiro da cruz, para nos dar salvação (Jo 3.14-16).

b)   Ele foi feito pecado por nós. (I Pe 3.18; Gl 3.13). O pecado gerou morte no homem, que subjugou o mundo, Deus ordenou que o homem não o desobedecesse estando no Éden, mas o mesmo caiu em pecado e isso sob pena de morte (tanto morte espiritual, como existencial - carnal) o homem é predestinado a morte (Hb 9.27). Foi preciso Cristo descer ao mundo para vencer o pecado e a morte. Ele foi feito pecado por nos mesmo sem pecado, para julgar o pecado na carne sendo crucificado no madeiro.

“Porque também Cristo padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus; mortificado, na verdade, na carne, mas vivificado pelo Espírito”. 1 Pe 3:18 

3.      3. NO TEMPO FUTURO. (v.3).

a)      Confiarei e não temerei (v.2; Sl 27.1). Assim Deus foi no passado, nos provendo a salvação, assim o é o presente (progressivamente) e será no futuro, são etapas da salvação. Precisamos apenas caminhar na presença Dele, “Entrega teu caminho ao Senhor, e o mais Ele fará” (Salmo 37.5). O profeta faz lembrar ao povo de Israel como Deus sempre poupou a nação, mesmo eles em desobediência, precisavam ser processados e moídos na tribulação e provação para reconhecer a Soberania de Deu para só depois receberem a restauração, a libertação e salvação!

b)      “Vós com alegria tirareis água das fontes da salvação”. (v.3) Não há outro que possa salvar. Somente Deus é a nossa fonte de salvação!. É um cântico que expressa o agradecimento intimo da alma, pelo favor imerecido de Deus (a graça) que nos tirou do charco de lodo e do tremedal de lama, pondo os nossos firmes na rocha (nos livrando da perdição). Assim são os que esperam em Deus “Mas os que esperam no Senhor renovarão as suas forças e subirão com asas como águias; correrão e não se cansarão; caminharão e não se fatigarão”. (Isaias 40.31).

c)      Merece meu louvor. (v.4; Sl 103). E deverá ser o nosso reconhecimento, pois a nossa salvação não limita a esta vida. Deu não nos prometeu livrar da morte física, nem tão pouco dos problemas que pode nos acometer, mas antes nos adverte a crê Nele (Mt 6.25-34), Paulo nos ensina que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada”(Rm 8.18), isso mostra como é bom esperar Nele e Dele recebermos a salvação, ou seja, a revelação na sua vinda nos levará a adentrar as mansões celestes e gozar do beneplácito (bel prazer, vontade) de Deus na eternidade. (Ef 1.9).

d)      “Direis naquele dia:” (v.4). Aí se segue alguns verbos que denotam alguém pronto a fazer algo depois do grande livramento. Para Israel esse era o dever, quando eles finalmente saíssem do cativeiro, no caso, se referindo ao povo de Judá e os poucos remanescentes de Israel. Aqui esse hino emprega diversos termos para louvar a Deus. “Daí graças” significa: reconhecei publicamente ou declarai alto, em público. Invocai o seu nome” pode ser reformulado como proclamai em Seu nome. “Tornai manifestos” significa tornai conhecidos. “Contai” significa fazei lembrar. Cada um desses verbos indica reconhecimento público, o anúncio em voz alta dos milagres e obras de Deus. Entre os povos. A exemplo do Salmo 117, trata-se de um poema pró-evangelização internacional.

e)      “Cantai Louvores”. (v.5). Se refere ao culto de ações e graças, assim procederemos quando chegarmos na eternidade. “Grandes coisas fez o Senhor por nós, por isso estamos alegres” (Salmo 126.3) confirma o que o profeta havia profetizando acerca da libertação do povo do cativeiro e o que eles deveriam expressar. Assim a igreja adentrara a mansão celeste exaltando o Rei d Glória. (Salmo 24:3-10). E por fim exaltaremos a Deus dizendo: “Grande é o Santo de Israel no meio de ti”. (v.6) 

Concluímos que: Deus é o mesmo, Ele esteve conosco no passado nos salvando (salvação – do mundo, satanás e do inferno), nos libertou e no presente está conosco nos conduzindo a celeste Sião, (salvação progressiva mediante a pratica da santidade) e por nos salvará eternamente (quando adentrarmos os Portais Celestiais e se encontraremos com o REI DA GLÓRIA). Queres amigo nesta noite fazer uma decisão junto a Cristo para receberes a salvação?Se, com a tua boca, confessares Jesus como Senhor e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Porque com o coração se crê para justiça e com a boca se confessa a respeito da salvação. Porquanto a Escritura diz: Todo aquele que nele crê não será confundido. Pois não há distinção entre judeu e grego, uma vez que o mesmo é o Senhor de todos, rico para com todos os que o invocam. Porque: Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo”. (Romanos 10:9-13)

Amém. 12.06.2022

sexta-feira, 18 de março de 2022

Projeto de Deus para resgatar o homem.

"Chamou o Senhor Deus a Adão e disse-lhe: onde estas? E ele disse: ouvi a tua voz soar no jardim e temi porque estava nu, e escondi-me".
(Gn 3.9,10)

Introdução: quando o homem desobedeceu ao Senhor passou a viver debaixo de um juízo, ficou privado da presença de Deus em sua vida e Distanciou-se do Senhor. Mas Deus criou um projeto para resgatar a alma perdida.

Desenvolvimento:
Onde estas? Deus procurando o homem, chamando pelo seu nome demonstrando preocupação com a situação em que o homem esta vivendo, o chamado é pessoal.

Ouvi a tua voz soar no jardim: muitos fingem não ouvir o chamado de Deus, mas o Espírito Santo esta fazendo a sua voz soar no jardim (que é sua igreja), não se pode negar que Deus esta falando com o homem no corpo nesta hora. Ele esta chamando-o para a salvação.

Temi porque estava nu: sentimento de, peso que o homem carrega na consciência. Sem as vestes da salvação, dominado pela sua razão, sem o poder de Deus em sua vida.

Escondi-me: muitos se iludem pensando que podem se esconder diante de Deus a sua situação. Mas tudo esta visível diante do seu criador.

Conclusão: Deus neste momento esta chamando o homem pelo seu nome porque conhece todos (e a experiência de cada um), e Deus esta a procura do homem não para condená-lo, mas para salvá-lo de sua vivencia no pecado e, o convite de Deus é este: se hoje ouvir a tua voz não endureçais os vossos corações porque Deus tem um lugar eterno para cada um.

sábado, 26 de dezembro de 2020

A MENSAGEM DA CRUZ


Texto: I Co 1.18-25

O Apostolo Paulo escreve esta primeira carta aos crentes em coríntios para corrigir alguns problemas que estavam surgindo naquela igreja, embora a mesma existisse dentro de uma sociedade ímpia e corrupta. Haviam surgido entre eles problemas de ordem moral, sexual, divisões, litígios e tantos outros, que Paulo trata com minuciosidade sobre cada um dos assuntos. Paulo procurou corrigir esses problemas, e nisto logo no inicio da epistola, ele mostra como foco principal da sua mensagem “A cruz de Cristo” como sinal de sacrifício, amor, perdão, transformação, regeneração, e vida, por que a “Mensagem da Cruz é o poder de Deus”. A palavra grega que se encontra no versículo 18 é “Logos”, que significa “palavra”, embora alguns a traduzem como ‘mensagem’ ou ‘pregação’, mas se encaixa melhoro seu real significado. Paulo muitas vezes mudou seu estilo de pregação (I Co 9.22), mas nunca mudou sua mensagem (Gl 1.8). Há apenas uma mensagem. (I Co 2.2).

1.         A LOUCURA DA CRUZ.

a)        “A sabedoria humana” – O homem procura a Deus conforme o seu ideal imaginário, ou seja, conforme a sua imagem (Rm 1.23).
- A cruz era para os judeus um sinal de vergonha publica dor, sofrimento e a morte. Somente alguém ao morrer na cruz era um anátema, pois “Maldito todo aquele que morrer no madeiro “cruz” – (Gl 3.13; Dt 21.23; Jo 19.31)”.
- Os judeus perderam a mensagem da Cruz, pois eles estavam focados em receber um Rei terreno. Eles estavam querendo ver sinais de Deus acontecer, mas esqueceram do que as escrituras falavam a respeito do Messias e não viram a “glória do Pai” (Jo 1.18) e rejeitaram o Cristo que fora morto na Cruz. (Jo 1.11,12).
- Muitos atualmente estão perdendo a chance de crê na mensagem da cruz, em prol de uma remodelagem imaginária, ou seja, moldar Deus conforme seus próprios pensamentos, tentando encaixar dentro em uma imagem criada por suas próprias mentes pecadoras. (Rm 1.23-25).
b) “A sabedoria dos gentios - gregos” procura complicar a mensagem da cruz. (I Co 1.22).
- O homem carnal corrompe a simplicidade do Evangelho de Cristo pela sua mera sabedoria terrena. Os gnósticos sempre queriam explicar o evangelho de Cristo baseados na sua sabedoria terrena, às vezes deturpando-as, tirando o alvo que é Cristo, simplificando a verdadeira finalidade da mensagem da Cruz.
- Os gregos procuravam sabedoria, ou seja, sempre estavam se ensoberbecendo em suas sabedorias, ao tentar conhecer as coisas existentes no mundo, no espaço celeste, tentando evidenciar os acontecimentos futuros. ( I Co 1.22)
– Deus destroe a sabedoria do mundo, pois para Ele é loucura. (I Co 1.19,20).
c) Os judeus pediam sinal. ( I Co 1.22).
- Eram os que os fariseus haviam pedido a Jesus. (Mt 16.1-4;). Geração adultera pede um sinal. (Mt 12.39). Eles aguardavam a vinda do Messias, porém quando Cristo veio não poderiam crê nele, pois estavam debaixo da servidão da Lei. (Jo.1.11,12; 8.32-36,44).

2. A VERGONHA DA CRUZ NA ATUALIDADE.

a) Muitos ao decorrer dos séculos se veem perseguidos por causa dessa mensagem, o Evangelho de Cristo tem torturado muitas vidas, por que elas jamais se envergonharam de levar a mensagem de Cristo a quaisquer partes do mundo, mas com alegria muito foram mortos e perseguidos. Enquanto outros rejeitaram por se acharem superiores a tudo isso, achando que a sua mera altivez era importante (Tg 4.6).
- Era vergonha para um judeu, se alguém morresse na cruz, como também seria um maldito por causa da Lei, e a cruz era além da vergonha: dor, sofrimento, desprezo, ódio, e a própria morte como retribuição condenatória por um delito impugnante. E Jesus (O Messias dos Judeus) estava passando por isso. Eles queriam um Rei que os libertassem dos domínios das outras nações. Mas assim a sentença de Jesus. (Mc 15.18, 26; Lc 23.37; Jo 19.19)
b) Muitas pessoas enfrentaram escárnios, prisão, fogueiras, espadas, crucificação, não se dobraram a vergonha, mas antes com bravuras entregaram suas vidas, enfrentando a té a morte (Mc 8.34-38). Enquanto outros amaram suas vidas terrenas, seus bels prazeres, comodidade e até mesmo os bens terrenos desta vida, desprezando “o favor imerecido” de Deus, a sua graça, a sua salvação. Tudo aqui termina, mas aquele que serve a Deus até o fim será salvo. (I Jo 2.17; Ap 2.10).

CONCLUSÃO.

- A mensagem da cruz consiste de liberdade do pecado para uma vida santa, da perdição para a salvação, da morte para vida, inclusive a vida eterna, embora ela seja carregada de vergonha, vitupérios, ignomínia, dores, sofrimentos, perseguição, e até o final “trágico” a própria morte, esta no sentido físico, mas não espiritual, pois mesmo que produza uma agonia e tristeza, no fim de todas as coisas, virá o profundo gozo produzido pelos os que perseveram até o final, a entrada garantida a VIDA ETERNA. (Hb 12.1-3).
- A mensagem da Cruz é o “dynamis” de Deus para incendiar o mundo, e salvar almas para Cristo. (I Co 1.18, 24)
- A mensagem da cruz é tão real, que se ela não existisse como verdadeira a própria Bíblia seria apenas um conto de fadas e já teria se deteriorado no passar dos séculos, mas a sua mensagem continua viva e sublime, pois ela é VIVA E EFICAZ, E MAIS PENETRANTE DO QUE ESPADA DE DOIS GUMES... (Hb 4.12).
- Sem esta Cruz anunciada como prova do Amor de Deus (Jo 3.16), o cristianismo seria uma fraude, ou apenas um conjunto de crenças de autoajuda, que não afetaria a espiritualidade do homem, mas, porém, ela é REAL, POIS DEUS NÃO SÓ APENAS PERDOA, TRANSFORMA O HOMEM, TRAZ-LHE UMA NOVA REALIDADE DE VIDA. (Rm 6.4; II Co 5.17).
- Eis o tempo aceitável do Senhor, por tanto não rejeiteis esta mensagem, creia e tão somente entrega a Cristo a sua vida. (Hb 3.7; 4.7; Rm 10.9,10) e chegai-vos a Deus e Ele se chegará a vós. (Tg 4.8).
“Esboço escrito na madrugada do dia 08/11/2017 ás 00:20 hs. Pesquisa aos comentários bíblicos, apontamentos próprios, e constante consulta ao texto bíblico e a orientação direta do Espirito santo de Deus.”

JOSE ROBERTO ALVES.

quinta-feira, 26 de novembro de 2020

COMENTÁRIO GERAL EM RESUMO SOBRE A 1ª EPISTOLA AOS CORINTIOS.

Texto: I Co 1.10-16; 5.1-5; 6.1-8;

INTRODUÇÃO

Problemas: Litígio. Divisão. Escândalo. Tragicamente, as manchetes contemporâneas frequentemente anunciam aos quatro ventos más notícias sobre as igrejas locais. Notícias de escapadas sexuais de líderes, processos judiciais de membros desgostosos e desmoralizados, práticas fiscais não éticas e irresponsáveis, e heresias ruidosas, parecem desfilar semanalmente pelas telas de televisão. Jesus havia dito aos Doze que os seus seguidores seriam conhecidos por seu amor (Jo 13.35). Contudo, hoje, muitos dos que afirmam segui-lo estão marcados por tudo, menos o amor. Em vez de permanecer separada do mundo, a igreja assumiu a aparência de outras instituições seculares e misturou-se. 
O que Deus diria a estes crentes errados, a igrejas e indivíduos que se extraviaram da obediência aos seus mandamentos? Ele disse há aproximadamente 2.000 anos atrás, através de Paulo, aos cristãos na decadente Corinto, uma cidade semelhante a muitas comunidades hoje. Paulo escreveu cartas, agora conhecidas como 1 e 2 Coríntios, rogando que os crentes se concentrassem em Cristo, abandonassem a imoralidade, resolvessem as suas diferenças, rejeitassem os falsos mestres, se unissem, e se amassem. Ao ler estas epístolas pessoais e poderosas, escritas primeiro aos antigos gregos, saiba que as palavras e princípios também se aplicam a esta geração.

1. A CIDADE DE CORINTO

a) A CIDADE DE CORINTO – GRÉCIA

Localização:
As quatro cidades mais importantes do Império Romano eram: Roma, Corinto, Éfeso e Antioquia da Síria. Portanto, Corinto era celebre. Era uma cidade especialmente apropriada para navegação e comércio, era ligada a Grécia por uma estreita faixa terra chamada “istmo de Corinto”, tinha dois portos sendo um no norte e um no sul desta faixa e por isso se tornou uma potência no comércio entre o Ocidente, Oriente e mundo mediterrâneo. Assim, além de ser a única passagem por terra entre o norte e o sul da Grécia, era também passagem entre a Ásia, a Palestina e a Itália. Os navegantes poderiam dar a volta pelo sul da península. Porém, o mar na região era muito tempestuoso. Corinto era então um corredor de mercadorias. Além disso, suas terras eram férteis. A cidade era rica e tinha localização estratégica no cenário mundial. 
Corinto, além de ser uma cidade antiga da Grécia, era, em muitos aspectos, a metrópole grega de maior destaque nos tempos de Paulo. Assim como muitas das cidades prósperas do mundo de hoje, Corinto era intelectualmente arrogante, materialmente próspera e moralmente corrupta. O pecado, em todas as suas formas, grassava nessa cidade de má fama, pela sua licenciosidade. 

b)ALGUMAS DECLARAÇÕES SOBRE O MODO DE VIDA EM CORINTO.

1. ARISTÓFANES (450-385 a.C) – Criou o termo “KORINTHIAZESTHAI” que significa comporta-se como um corinto, isto é, fornicar. (I Co 5.1).
2. PLATÃO (421-347 a.C) dá a expressão “KORINTHIA KORÉ” (moça de corinto) um sentido de prostituta “cultual”.
3. HELIO ARISTIDES (117-180 a.C) chama Corinto de “cidade de Afrodite”. Se referindo a licenciosidade que era praticada naquela cidade.

c) História:

1.Corinto grega.

No auge da civilização grega, Corinto já ocupava lugar de destaque. Em 146 a.C., a cidade foi destruída pelo cônsul romano Mummius.

2.Corinto romana.

Devido à sua posição estratégica, a cidade foi reconstruída em 46 a.C. por Júlio César, tornando-se capital da Província Romana da Acaia. A nova Corinto possuía ruas amplas, praças, templos (Netuno, Apolo, etc), estádio (I Cor.9.24), teatros, estátuas, e o santuário de mármore branco e azul (Rostra), onde se pronunciavam discursos e sentenças.

3.A idolatria de Corinto.

A cidade de Corinto era muito idolatra, mantendo altares dedicado a POSEIDON, que tido como deus principal, HERMES, ARTEMIS, ZEUS, DIONÍSIO. Este tipo de idolatria se misturava as praticas sexuais, a prostituição como forma de cultuar seus deuses, e no templo havia pelos menos mil sacerdotisas que se entregavam a tais práticas em adoração a Afrodite, a deusa da fertilização. Então o apostolo Paulo orienta os crentes dali a fugir de toda prática promiscua e idolatra, lembrando que de fato eles deveriam se afastar de tudo que os poderiam o envolver novamente e levar a praticar os mesmos pecados da natureza pecaminosa humana.
A idolatria fazia parte da cultura grega com seus inúmeros deuses mitológicos. Ao sul de Corinto havia uma colina chamada Acrocorinto, que se elevava a 152 metros acima da cidade. Ali estava o templo de Afrodite, também chamada Astarte, Vênus ou Vésper, – deusa do amor e da fertilidade.

4.A corrupção de Corinto

Os cultos a Afrodite incluíam ritos sexuais realizados por 1000 sacerdotisas, ou seja, prostitutas cultuais. O fato de ser cidade portuária, contribuía para que umas séries de problemas se estabelecessem. Muitos viajantes que por ali passavam se entregavam à prostituição e à prática de outros delitos. O fato de estarem de passagem criava uma sensação de impunidade, o que de fato se concretizava normalmente. Estes e outros fatores contribuíam para uma corrupção generalizada na cidade. 

2. A ORIGEM DA IGREJA EM CORINTO

a)Paulo visitou Corinto em sua segunda viagem missionária.

Na época da visita de Paulo, Corinto era uma alvoroçada cidade comercial, centro do comércio mediterrâneo. Não é de admirar que Paulo tenha encontrado facilmente trabalho como fabricante de tendas (muito provavelmente trabalhando com tecido de pelos de cabra, um comércio proeminente na região natural de Paulo, a Cilícia). Em seu tempo livre, Paulo começou a falar sobre Cristo aos judeus na sinagoga local, mas ele recebeu uma fria recepção. Sem temer a oposição, Paulo começou a ensinar perto da sinagoga, na casa de Tito Justo. Isto enfureceu os judeus. A congregação de Paulo provavelmente incluía muitos gentios tementes a Deus que costumavam frequentar a sinagoga bem ao lado. Pelo fato de estes judeus coríntios odiarem a Paulo, eles apresentaram uma queixa oficial a Gálio, o governador da Acaia. Gálio, no entanto, recusou-se a ouvir o seu caso, porque ele via os primeiros cristãos simplesmente como uma outra seita do judaísmo. Ironicamente, esta percepção errônea protegeu a jovem igreja de ser rigorosamente perseguida pelos romanos. Com os seus adversários derrotados, Paulo estava livre para ficar em Corinto por um ano e meio (por volta de 50-52 d.C.), uma das estadias mais longas de Paulo em qualquer cidade durante as suas viagens missionárias. Talvez ele imaginasse Corinto como um centro de evangelismo para toda a Grécia.

b) Breve biografia sobre o autor da carta.

Autor: Saulo, também chamado Paulo após sua conversão. (At 13.9) 
Cidade Nascimento: Tarso, Capital da Cilícia e província Romana. (At 22:3).
Foi Fariseu: Saulo foi fariseu extremamente religioso. (At 26:4-5)
Ofícios: Artesão de Tendas , Grande autoridade e influência. (Fp 3:5 At 18:3 At 26:10.)
Sua Cultura: Estudou a Lei com um dos maiores rabinos da Época Gamaliel. (At 22:3.)
Atuação como Fariseu: Perseguidor de Cristãos. (At 8:1-3)
Conversão: Ocorreu quando estava indo para Damasco. (At 9:1-9)
Deus escolhe a Saulo: Ananias recebe a missão de ungir Paulo. (At 9:13-22)
Um dos mais influentes escritores do NT: Escreveu 13 livros. Rm, 1Co, 2Co, Gl, Ef, Fp, Cl, 1Ts, 2Ts, 1Tm, 2Tm, Tt, Fm.

c) A autoria da Carta.

Paulo escreveu esta carta a Corinto durante a sua visita de três anos a Éfeso, em sua terceira viagem missionária. As duas cidades situavam-se uma em frente a outra, no mar Egeu e ambas eram portos movimentados e importantes. Tito pode ter transportado esta carta de Éfeso para Corinto (2 Co 12.18). A autoria de Paulo de 1 Corintios jamais foi seriamente questionada pelos estudiosos da Bíblia Sagrada. Já no primeiro versículo de 1 Corintios, ele identificasse como o autor, e a Sóstenes, como o seu secretário. Esta evidência, juntamente com a ênfase paulina na liberdade do crente em Cristo (I Co 10.23-33), É suficiente para convencer a maioria dos estudiosos.

d. Data e Contexto.

Escrita de Éfeso, por volta de 55 d.C. Perto do final de 1 Coríntios, Paulo relatou os detalhes de seus recentes planos de viagem, e revelou que estava escrevendo da cidade de Éfeso (16.8). Em sua terceira viagem missionária, Paulo ficou em Éfeso por três anos. Éfeso, uma movimentada cidade portuária na Ásia Menor (atual Turquia), era uma cidade estratégica para a propagação da mensagem do Evangelho na Ásia Menor. Localizada no entroncamento de duas antigas rotas terrestres (a estrada costeira em direção ao norte até Troas, e a rota ocidental para Colossos, Laodiceia e além), Éfeso tornou-se um ponto de compras habitual para os navios que navegavam pelo Mar Egeu.

3. OS DESTINATÁRIOS:

a) A igreja em Corinto.

Corinto foi a última cidade que Paulo visitou em sua segunda viagem missionária (At 18.1-18). Ele ficou em Corinto por dezoito meses, estabelecendo uma igreja ali. Apoio, a quem foi ensinada a base da fé cristã por Aquila e Priscila, em Éfeso, visitou a igreja em um momento posterior, encorajando os crentes (1.12). Infelizmente, a igreja coríntia não só refletia o caráter multiétnico da cidade, mas também a sua depravação moral. As exortações de Paulo contra o incesto (5.1-5), e contra o relacionamento com prostitutas (6.9-20), indicam que membros na igreja estavam lutando para resistir à imoralidade difusa de sua cidade. Mas Paulo não iria transigir os padrões elevados da conduta cristã para a igreja em Corinto.

b) Corrupção na igreja de Corinto.

Infelizmente, a igreja coríntia não só refletia o caráter multiétnico da cidade, mas também a sua depravação moral. As exortações de Paulo contra o incesto (5.1-5), e contra o relacionamento com prostitutas (6.9-20), indicam que membros na igreja estavam lutando para resistir à imoralidade difusa de sua cidade. Mas Paulo não iria transigir os padrões elevados da conduta cristã para a igreja em Corinto. Estar cercado pela imoralidade generalizada não tornava os coríntios uma exceção. Em vez disso, ele os chamou para uma vida pura, separada para Deus. Ele até comparou seus corpos com o templo de Deus (6.18-20). Mesmo com os seus numerosos problemas, 0 corpo coríntio de crentes tornou-se uma igreja estratégica para a propagação do Evangelho. Sua localização nas principais rotas comerciais do império romano tornou-a um posto avançado chave para a divulgação do Evangelho na Acaia (atual Grécia).

4. OCASIÃO E PROPÓSITO

a) Questões adversas.

Responder algumas perguntas sobre a ordem na igreja, identificar alguns problemas na igreja de Corinto, e ensinar os crentes como viver para Cristo em uma sociedade corrompida.
Em suas viagens por todo o mundo mediterrâneo, Paulo visitou várias cidades e portos, estabelecendo pequenas células de crentes comprometidos em quase todo lugar que ele visitou. Durante as suas viagens, Paulo lidou com uma grande variedade de pessoas — desde uma multidão enfurecida até filósofos sutis - e com várias situações - desde uma perseguição feroz até a complacência moral. Em tudo isto, ele demonstrou um profundo interesse pelo bem-estar espiritual de cada pessoa com a qual ele entrou em contato. Suas cartas frequentemente relatam como ele lutou em oração por uma igreja ou por um indivíduo (2 Co 13.7; 1 Ts 3.10).

b) Epístolas perdidas.

A primeira carta que Paulo escreveu aos crentes coríntios se perdeu. O texto em 1 Coríntios 5.9 menciona esta carta anterior. Obviamente, ela não poderia ter sido 1 Coríntios. O conteúdo exato desta carta é desconhecido. 1 Coríntios 5 sugere que Paulo havia advertido aos coríntios, naquela carta, para não se associarem com aqueles que, denominando-se cristãos, se envolviam com a imoralidade sexual.
Os problemas em Corinto. Perto do final de sua estadia em Éfeso, Paulo escreveu uma segunda carta, a epístola denominada 1 Coríntios. Ele escreveu esta carta em resposta a uma mensagem entregue por Estéfanas, Fortunato e Acaico (16.17). Estéfanas e seus companheiros tinham feito a Paulo uma série de perguntas, em sua maioria com relação à ordem na igreja.

c) A influencia cultural de Corinto.

A primeira carta aos Coríntios mostra claramente que algumas das filosofias do mundo grego e romano estavam dissimulando a percepção dos coríntios quanto à sua recém-descoberta fé em Jesus. Esta carta foi escrita a um grupo de crentes que ainda estavam influenciados pelo dualismo filosófico. Desde Platão, boa parte da filosofia grega vinha se baseando na crença de que o espiritual e o material eram esferas completamente separadas da existência humana. De acordo com este ponto de vista, o lado material ou físico da natureza humana era inerentemente corrupto e destinado à destruição. Em contraste, o lado espiritual poderia gradualmente perder a sua ligação com o material e subir a Deus, o Espírito puro. Este tipo de raciocínio foi absorvido pelos gnósticos no século II e provavelmente formou a base da negação dos coríntios de uma ressurreição corpórea (veja a defesa de Paulo da ressurreição de Jesus em 15-12-34).

5. MENSAGEM.

a)Após a sua saudação habitual (1.1-3).

Paulo começa afirmando as grandes verdades do Evangelho:
Deus havia dado graça aos crentes coríntios através de Jesus Cristo (1.4); 
Deus os havia enriquecido grandemente (1.5); 
Deus havia lhes dado todos os dons espirituais (1.7); 
O Senhor Jesus Cristo logo voltaria (1.7); 
Deus lhes daria o poder de serem fortes e irrepreensíveis (1.8); 
Deus é fiel (1.9). 
Mas então Paulo conduz o resto da história, começando por uma discussão sobre as divisões entre os crentes e um grande apelo pela unidade (1.10-4.21). 
Em seguida, ele move-se rapidamente para condenar um relacionamento específico e ilícito na igreja (5.1,2). 
Litígios entre cristãos (6.1-11). 
E imoralidade sexual (6.12-20). 

b) A suavidade de Paulo.

Então, Paulo suaviza um pouco ao ensinar sobre o casamento e a vida de solteiro (7.1-40). 
A relação entre a consciência e a liberdade em Cristo (8.1-10.33). 
A ordem nos cultos de adoração a Deus (11.1-34). Os dons espirituais (12.1-14.40), e a realidade e o poder da ressurreição (15.1-58). 
Cada um destes ensinos, porém, traz a implicação de um problema. Evidentemente, os casamentos estavam em dificuldades; cristãos fortes e fracos estavam em conflito; a adoração, a Santa Ceia e os dons espirituais estavam sofrendo abusos; e uma doutrina errada estava sendo introduzida. Então, Paulo diz: “Vigiai justamente” (15.34). 
Paulo encerra com um lembrete da coleta para a igreja em Jerusalém (16.1-4), seus planos de visitar os coríntios (16.5-9). 
Além de comentários e incentivos variados (16.10-24).

6. OS TEMAS PRINCIPAIS DE  I CORINTIOS.

Os temas principais na carta de 1 Coríntios incluem: Lealdades; Imoralidade; Liberdade;
Adoração; Corpo de Cristo; Ressurreição.

a)LEALDADES. (1.10-31; 2.1-5; 3.1-15; 4.1-21; 9.1-27). 

Os coríntios estavam se reunindo em torno de vários líderes e instrutores da igreja — Pedro, Paulo e Apoio. Outros, na tentativa de alcançar a superioridade espiritual, estavam afirmando “seguir a Cristo”. Estas lealdades levaram a um orgulho intelectual e criaram um
espírito de divisão na igreja.

-IM PORTÂNCIA PARA H O JE.

 A lealdade pessoal aos líderes humanos ou à sabedoria humana jamais deve dividir os cristãos em grupos. Os crentes devem cuidar uns dos outros, e não competir pela proeminência. Cristo une aqueles que confiam nele; Ele não traz uma divisão entre os crentes. Como os cristãos em Corinto, os crentes contemporâneos frequentemente se juntam em torno de pregadores e professores populares. E o resultado é tão divisor quanto no século I. Em vez de nos dividirmos em relação a personalidades, estilos de adoração, e pormenores teológicos, precisamos nos concentrar em Cristo. Ele nos unirá. Seja leal, porém lembre-se de que o único que tem direito à nossa lealdade absoluta é Cristo. Deixe que ele dirija a sua vida.

b)Imoralidade (1.8; 5.1-13; 6.1-20; 7.1-40; 9.24-27; 10.1-13; 16.13). 

Paulo tinha recebido um relatório que informava a presença de grande imoralidade na igreja de Corinto: pecados sexuais não corrigidos e litígios entre crentes. As pessoas estavam indiferentes à imoralidade em sua comunidade e em sua igreja, e só estavam pensando em si mesmas. Isto enfraqueceu o testemunho da igreja e levou a erros de conceito sobre a vida cristã, especialmente no tocante à liberdade sexual e ao casamento. Destacando a necessidade de uma vida moral íntegra e de corpos dedicados a servir a Deus, Paulo confrontou os coríntios com seus pecados, e os chamou de volta a uma vida e a um casamento centralizados em Cristo.

-IMPORTÂNCIA PARA H O JE.
 Embora a cultura contemporânea denigra o casamento e promova a promiscuidade sexual e os litígios frívolos, os cristãos devem manter o seu foco em Deus e na sua Palavra, e nunca transigir com ideias e práticas pecadoras. Os crentes não devem se misturar com a sociedade. Noá será fácil ir contra a correnteza, mas você deve determinar viver à altura do padrão de moralidade de Deus. Recuse-se a tolerar o comportamento imoral, especialmente entre crentes.

c)Liberdade (8.1-13; 9.19-27; 10.23-33; 11.1).

Paulo ensinou a liberdade de escolha sobre práticas não expressamente proibidas nas Escrituras. Alguns crentes acharam que certas ações, como comprar carne proveniente de animais usados em rituais pagá os, eram pecaminosas por associação. Outros sentiram-se livres da lei para praticarem tais ações. Paulo ensinou que aqueles que eram mais fortes, que se sentiam livres para comer a carne que tinha sido oferecida aos ídolos, deveriam evitar comê-la, para que não escandalizassem os crentes mais fracos. Porém, Ele também ensinou que aqueles que tinham uma consciência mais sensível não deveriam julgar os outros e obrigá-los a entrar em um estilo de vida rígido “sem comer carne”

-IMPORTÂNCIA PARA H O JE. 

Embora comer carne geralmente não seja um tema controverso entre os crentes hoje, outras práticas dividem as nossas igrejas. Paulo ensina claramente que somos livres em Cristo, contudo não devemos abusar de nossa liberdade cristã, sendo desatenciosos e insensíveis para com os outros. Jamais devemos encorajar os outros a fazerem o que é errado por qualquer coisa que façamos. Seja qual for a controvérsia de comportamento em sua igreja e comunidade, deixe que o amor seja o seu guia. Evite julgar outros crentes, e seja amável em relação àqueles que possuem uma consciência mais sensível. 

d)Adoração (11.2-34; 14.1-40).

 Paulo citou a desordem no culto. As pessoas estavam tomando a Ceia do Senhor sem primeiro confessarem os seus pecados. E muitos a estavam usando como uma ocasião para comer e beber em excesso. Além disso, havia erros no uso dos dons espirituais, e uma confusão sobre o papel das mulheres na igreja. Paulo deu instruções explícitas que tinham a finalidade de  trazer a ordem, e também o enfiaque correto aos seus cultos de louvor e adoração ao Senhor. Estas instruções dizem respeito a levar a presença de Deus a sério.

-IMPORTÂNCIA PARA HOJE.
 Certamente, não há maior privilégio do que permanecer na presença do Deus todo-poderoso. Portanto, a adoração é uma tarefa admirável e sagrada, e deve ser executada adequadamente e de um modo ordeiro. Embora os estilos de culto e adoração possam variar de cultura para cultura e de igreja para igreja, toda adoração a Deus deve ser feita de uma maneira digna de sua elevada honra. Certifique-se de que o culto em sua igreja seja centrado em Cristo, harmonioso, útil, e que edifique a todos os crentes.

e)Corpo de Cristo (12.1-31; 13.1-13; 16.1-3). 

Os crentes coríntios estavam confusos sobre o seu papel na igreja. E, evidentemente, muitos estavam procurando possuir os dons mais notáveis e públicos (por exemplo, pregar, ensinar, falar em línguas). Mas Paulo enfatizou que cada membro e cada dom são essenciais para a vida do corpo de Cristo. Assim como no corpo físico, a igreja tem muitas partes, e cada parte tem um papel especial a desempenhar. Dessa forma. Deus deu a cada membro do corpo um conjunto inigualável de dons espirituais. Em vez de diminuir o próprio papel e utilidade, ou invejar os dons mais excelentes que os outros possam ter, cada membro deve descobrir e usar os seus próprios dons espirituais que lhe foram concedidos por Deus. Embora exista uma grande diversidade no corpo, expressa na grande variedade de personalidades e dons, a igreja encontra a sua unidade em Cristo. E o maior dom de todos é o amor.

f)Ressurreição (15.1-58).

Algumas pessoas estavam negando que Cristo tinha ressuscitado dos mortos. Outros ensinavam que as pessoas não seriam ressuscitadas fisicamente. Refutando estas ideias, Paulo proclamou a realidade da ressurreição. Na verdade, a ressurreição de Cristo garante aos crentes que eles terão corpos novos e vivificados depois que morrerem. A esperança da ressurreição dá aos cristãos segurança e confiança para viverem diariamente para Cristo. 

-IMPORTÂNCIA PARA HOJE.
Visto que seremos ressuscitados para a vida depois que morrermos, a nossa vida não é vã. Devemos permanecer fiéis a Deus em nossa moralidade e em nosso serviço. Devemos viver hoje sabendo que passaremos a eternidade com Cristo. Quando você estiver ao lado do túmulo de uma pessoa amada, ou quando você lutar com a sua própria mortalidade, lembre-se da ressurreição. Porque Ele vive, você também viverá, e se unirá a todos os outros crentes que partiram antes de você.

7.ESBOÇO DE  I CORÍNTIOS

I. Paulo Cita os Problemas da Igreja (1.1-6.20)

A. Divisões na igreja
B. Desordem na igreja

II. Paulo Responde às Perguntas da Igreja (7.1-16.24)

A. Instrução sobre o casamento cristão
B. Instrução sobre a liberdade cristã
C. Instrução sobre o culto público
D. Instrução sobre a ressurreição

BIBLIOLOGIA:

Bíblia de Estudo Pentecostal – (CPAD) SBB – Revista e Corrigida, 1995.
Revista Periódica Pentecostes – A doutrina da Santificação em I Corintios – Pr. Roberto Carlos Cruvinel, pág. 3,4 – CPAD, Julho de 2001.
Comentários do Novo Testamento de Aplicação Pessoal – CPAD, Comentário em I Corintios, pág.100-110 – Consultas e Cópias. -1ª Edição de 2009.

DIGITAÇÃO E PESQUISAS:

JOSÉ ROBERTO ALVES DA SILVA

Professor/ Músico e Teólogo e Membro da AD SEARA Petrolina - Congregação em Dom Avelar - Petrolina/PE.

“Glórias seja dada ao Nosso Deus, ao Senhor Jesus Cristo”

“Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas” Efésios 2.10

segunda-feira, 29 de junho de 2020

Afinal, Jesus era de direita ou de esquerda?

Nós cristãos precisamos nos posicionar do lado de Jesus.

Um tempo atrás o sempre polêmico grupo “Porta dos fundos” fez mais um vídeo falando de religião, desta feita a encenação mostrava um Jesus que era confrontado em seus discursos sendo chamado de Esquerdista pelos seus ouvintes.
No vídeo as falas de Jesus eram todas citações bíblicas tiradas do contexto em que foram proferidas pelo Mestre, mas ainda assim algo chamou bastante atenção, o desejo de posicionar Jesus à uma corrente ideológica política.
O problema é que o “Porta dos fundos” cai no grande mal dos nossos tempos, a síntese exagerada de ideias. Dizer que Jesus seria marxista com base em falas soltas espalhadas pelos evangelhos e afirmar que isso corresponde a todo o pensamento esquerdista é no mínimo incoerência para não dizer leviandade.
Em sua totalidade o pensamento Marxista jamais corresponderá aos ensinamentos de Jesus se estes forem vistos em profundidade. A questão é que o reducionismo tem sido o grande mal da nossa atual sociedade no que diz respeito à análise das ideologias sejam elas quais forem.
A tentativa do grupo “Porta dos fundos” em colocar Jesus em uma assumida posição de Esquerda política não visava usar a autoridade dele para reafirmar tal posicionamento – como faz os defensores da Teologia da Libertação ou da TMI por exemplo –  a ideia ao meu ver era debochar do pessoal de Direita que confere a Jesus a base de seu discurso.
Mas afinal, Jesus se posicionaria de que lado? Ao que corresponde na realidade os ensinamentos de Jesus?
O pastor e teólogo anglicano, o britânico John Stott, falecido em 2011, falando sobre o posicionamento político de Jesus dizia que: “Ele (Jesus) tem uma posição política que não pode ser encontrada em nenhuma das que os homens criaram. É algo além, fora dos parâmetros humanos”. Os ideais de Jesus são elevados, mas, ao mesmo tempo que podem parecer utópicos, são plenamente passíveis de serem realizados.
Seus ensinos valorizam o ser humano como obra prima da criação, e ao mesmo tempo colocam Deus como centro da existência humana. Isso faz com que Esquerda e Direita política tentem usurpar sua fala para si, cada qual dando ênfase a apenas um desses aspectos, que para Cristo se harmonizavam. Como bem disse Stott a posição sócio-política de Jesus é algo além.
Nós cristãos precisamos nos posicionar do lado de Jesus. É triste vermos nossos irmãos em Cristo tomando posições políticas opostas ao de nosso Senhor, trazendo-o supostamente para seu lado ao mesmo tempo em que, de certa forma, demonizam o lado oposto dos seus.
Um cristão tem um único posicionamento político, o de atentar para a dignidade humana e priorizar a glória de Deus como Jesus o fez. Isso significa, dentre outras coisas, não idolatrar posições políticas sejam elas quais forem.
Aristóteles disse que o Homem é um animal político, ou seja, queira ou não, estamos inseridos em uma sociedade e devemos ter uma participação ativa na mesma. Mas é bom que não esqueçamos que antes de sermos cidadãos de uma pátria terrena, somos cidadãos do Céu.


quinta-feira, 25 de julho de 2019

APRENDENDO COM A VIÚVA DE NAIM.


Texto: Lucas 7. 11-16.
Introdução:
- Naim, era uma cidade que ficava ao norte de Israel, na subida do Monte More (chamado de Givat haMoreh em hebraico) e foi o local em que morava uma mulher que ganhou destaque no Evangelho de Lucas. A localização exata da cidade fica a 50 km de Cafarnaum, que fica a beira do mar da Galileia do lado norte. Naim, o nome significa “prazerosa” e “agradável”, até hoje, quando os Israelenses conhecem uma pessoa nova, para demonstrar cordialidade, usam a expressão hebraica “Naim meod“, que corresponde às palavras “muito prazer (em te conhecer)”. Esta cidade ainda existe nos dias atuais e serve de ponto turístico.
- Outra personagem que possui também o seu nome derivado da mesma raiz, chama-se “Noemi” que vem da raiz “Naim”, ela era esposa de Elimeleque e mãe de Malom e Quiliom. Eles eram uma família de Efrata, de Belém de Judá. Assim como aquela viúva de Naim, perdera seu marido e filho, acontecera também com Noemi, restando apenas duas noras (Rute 1.5). Ela depois de experimentar a mais completa miséria, por meio de sua nora que não a abandonou cujo nome era Rute, ela veio reviver a mais completa alegria, e muitas bênçãos, pois sua nora casou com Boaz, de onde nasceu Obede que gerou Jessé e de Jessé veio Davi, depois Salomão, cuja genealogia levou até Cristo, o nosso Salvador.
- Lucas foi o único que registrou este episodio do milagre, e isto se deve ao fato de que ele se preocupou narrar fatos acerca de Jesus da melhor forma possível. “Pareceu-me também a mim conveniente descrevê-los a ti, ó excelente Teófilo, por sua ordem, havendo-me já informado minuciosamente de tudo desde o princípio; (Lucas 1:3)”. Quando Lucas relata o episódio da morte do rapaz, Jesus ainda se encontrava em Cafarnaum e que sua viagem a Naim seria feita no dia seguinte e demoraria muito a chegar.
1. JESUS CHEGA NA HORA CERTA. (v. 12).
- Segundo alguns, a caminhada de Jesus, saindo de Cafarnaum até Naim demoraria aproximadamente umas 10 horas. Alguns dizem que o menino ainda estava sentindo dores da morte quando Jesus saiu de sua cidade.
- Outro fato inusitado, talvez Jesus não estivesse indo para Naim, apenas estava passando lá, pois o milagre acontece na entrada da cidade e possivelmente do lado de fora. “A certeza é que Jesus não se atrasa e nem adianta, mas chega na hora certa”. O salmista nos diz: “Deus é nosso refugio e fortaleza, socorro bem presente na ora da angustia.” Salmos 46.1.
- Assim acontecera, quando Jesus ressuscitou a Lazaro, após 4 dias de morto, que fez o milagre para glorificar a Deus, na logica humana, ele tinha se atrasado, como disse uma de suas irmãs, mas ele estava no tempo certo (Jo 11.23-26).
- Às vezes podemos pensar que tudo está perdido, que Deus talvez não esteja vendo a nossa situação, devemos entender que o nosso tempo (kronos) não o mesmo tempo de Deus (kairós); O tempo de Deus (kairós) deve ser entendido como a oportunidade em que Ele resolve agir. Portanto, o kairós é bem diferente do tempo cronológico – a Bíblia explica isso afirmando que, para Deus, mil anos são como um dia e um dia como mil anos”.
2. JESUS ENTENDE AS SUAS LÁGRIMAS. (v.13).
- Quando Jesus chega à cidade, Ele encontra na porta da mesma um cortejo fúnebre. E logo ele já sabe quem é a viúva que havia perdido o seu filho, e nos diz a passagem bíblica que Ele “moveu-se de intima compaixão”. Era também na porta da cidade que se comprava o óbito, ali era o limite e Jesus chega à porta, no limite daquela mulher. “Jesus está chegando ai no seu limite, Ele não deixa extravasar, mais vai fazer algo extraordinário no seu viver”.
- Essa viúva não chorava apenas por que o seu filho estava morto. Mas chorava também porque o seu marido estava morto, ela chorava porque sabia que agora estaria sozinha, ela chorava porque já tinha enterrado o marido e já sabia exatamente como esse velório iria terminar. Ela chorava por antecipação da dor que ainda iria sentir; chorava quando pensava no dia de amanhã, chorava quando pensava que um dia a vida dela era perfeita… Já que para o Judeu, se casar e ter um filho homem é o maior sonho de todos, e essa mulher conseguiu isso, achou um bom marido, foi abençoada com um filho e agora… Estava sozinha de novo.
- A cultura na época era desfavorável a quem fosse viúva, visto que a mulher era menosprezada por vários fatores dentro daquela sociedade, e, além disso, a mesma ainda perdera a única pessoa que poderia lhe dar provisão e sustento. E isso seria um desespero extremo, pois ser viúva e sem filhos, era preconceito pelo resto da sua vida.
- “Não Chores” – Jesus vê as suas lagrimas e contempla os seus problemas, e na hora certa, neste momento Ele está entrando com providencia na sua vida. “Não pense que tudo em sua vida acabou Jesus ainda enxuga suas lagrimas”.
3. O MILAGRE ACONTECEU. (v.14,15).

- Jesus viu o choro da pobre viúva e a socorreu, restaurando e provendo a vida ao seu filho. (v.14). Estava comprovada que o filho dela estava morto, a certidão do óbito foi entregue na saída da cidade, mas Jesus foi lá e rasgou a certidão e ressuscitou aquele jovem e entregou a sua mãe. Não há nada difícil para Deus.  “E disse: Jovem, a ti te digo: Levanta-te”. “E defunto assentou-se, e começou a falar, e Jesus o entregou á mãe dele”.

- A viúva não precisou dizer palavras para expressar a sua dor, a sua vida e sua situação, que até aquele momento estava difícil, não somente pela perca do filho, mas por sua posição de viúva e sem filhos. Mas Jesus conhecia as suas necessidades. Às vezes não conseguimos expressar em palavras a nossa situação, dor e necessidade, mas Deus nos conhece o profundo do nosso ser e nos concede a vitória. (Rm 8.26-28).

- Estamos num mundo cheios de problemas vários, na área financeira, familiar, onde muitos acabam por deixarem ao Senhor, pois perdem a esperança. Talvez a viúva tivesse perdida as suas esperanças, mas Deus está disposto a resolver as nossas causas e nossos problemas. Bastamos está apenas permanecer firmes em nossa certeza e convicção de fé diante Dele.

- Jesus nos disse: “No mundo tereis aflições...” (Jo 16.33).

CONCLUSÃO:

- "Que o Senhor Jesus possa verdadeiramente resolver as suas causas e seus problemas, pois Ele jamais nos deixará abandonados, mas sempre estará conosco, em qualquer situação de nossas vidas. Paulo diz: Posso todas as coisas em Cristo, que me fortalece" Filipenses 4.13.
- Assim como Ele chegou na hora certa para aquela viúva, Ele está chegando à sua vida, enxuga suas lágrimas, resolve o seu problema e faz o milagre tão grande que muitos irão ver e glorificarão o nome do Senhor.

Esboço e Comentário: José Roberto Alves