"Ora, estes de Bereia foram mais nobres do que os de Tessalônica; pois receberam a palavra com toda avidez, examinando as Escrituras todos os dias para ver se as coisas eram, de fato, assim." (Atos 17 : 11 - ARA)
sábado, 27 de outubro de 2012
A VERDADEIRA LIBERDADE
Texto: João 8.32-36
INTRODUÇÃO:
Quase sempre quando falamos sobre Liberdade, lembramos das histórias que giraram em torno deste nome almejado por muitas raças, etnias, grupos e sociedade.
Ao lembrarmos da história ocorrida em nosso país há séculos atrás, na época da escravatura, logo entendemos que os escravos africanos, por que na maioria, eles eram negros, ao passar o tempo começaram a lutar pela a dissolvência da escravatura, almejando uma liberdade. Houve várias manifestações e lutas, revoltas em prol da tão sonhada liberdade, liberdade de terem o direito de viverem livres, sem dono, sem sofrimento, e almejavam a viverem em total igualdade com os demais homens, que assim constituía a massa branca da humanidade. Veio a Lei do Ventre Livre, que libertavam os filhos de escravos que nasciam a partir do sancionamento da lei, e por fim a Lei Áurea, que abolia de uma vez por todas a escravidão no Brasil. Este é um exemplo prático e vivido pelos os nossos antepassados no Brasil. A Bíblia registra a história de Israel, quando também se encontrava no Egito, foram escravos naquela nação, mas Deus os libertaram com sua poderosa mão, através de Moisés. Não é diferente, quando o homem desde da fundação do mundo, quando pecou, vivia (e ainda vive) em total escravidão, só que no passado, antes de vir o Messias, a humanidade vivia presa em laços ferrenho do pecado e morte, mas quando chegou o Redentor e Salvador Jesus, este concedeu plena liberdade e salvação aos homens. “Mas os que o receberam , deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no seu nome.” Jo 1.12.
1.QUE VERDADE É ANUNCIADA POR CRISTO?
a) De que verdade, se referia Jesus?
Ao meditarmos nas palavras de Jesus, veremos que Ele estava falando de conhecer a revelação de Deus, que dá ás pessoas, e essa revelação fora transmitida em duas maneiras:
Palavra Escrita – são as santas escrituras, que são os oráculos de Deus a toda a humanidade, revelada aos seus servos, os profetas, sacerdotes, homens que se dispuseram a realizar a vontade de Deus, durante todos os tempos até os dias atuais, aprendemos que a Bíblia, é a inerrante e inspirada palavra de Deus, é ela que orienta o homem a andar em retidão diante de Deus, e o conduz ao estado perfeito para com Ele (2 Tm 3.16,17).
Palavra Viva – que João identifica no inicio do seu evangelho como o Verbo, a revelação viva de Deus para a humanidade, essa é revelação especial de Deus a toda a humanidade, visto que é o Único Filho de Deus, Jesus Cristo, o esperado de Israel e de todas as nações. Conhecer a verdade, é de fato conhecer Jesus, aceitá-Lo como Único Senhor e Salvador. (Jo 1.1,4), e que ao conhecer a verdade significa, recebê-la, obedecê-la e considerá-la acima de toda e qualquer coisa ou opinião terrena.
2. DE QUE ELA PODE NOS LIBERTAR?
Há três oposições fortíssimas no presente século, que combatem veemente contra as coisas espirituais, são: satanás, o mundo e a natureza humana – a carne.
a) Satanás – É o opositor e implacável inimigo de Deus, e é ele que tenta desvirtuar a humanidade, já que a mesma encontra-se em estado de pecado, devido as ações dele. Ele faz de tudo, para que a humanidade jamais se aproxime de Deus, para receber a salvação e libertação das corrupções do mundo e obter a vida eterna. ( Veja: 2 Co 4.4). Quando o homem aceita a Cristo, imediatamente ele está livre das ações do inimigo, e uma vez liberto, nenhum mal poderá lhe ocorrer, pois está sob a proteção de Deus. Precisa tão somente o homem viver conforme a toda a vontade de Deus, para que assim possa ser livre das astutas ciladas do diabo. (Ef 6.11; Tg 4.7).
b) O mundo – Quando falamos em mundo, referimos ao “sistema social corrompido e degenerado pelo o pecado, fomentado por satanás”, que faz com que o homem se distancie de Deus. Por isso João em sua primeira epístola, nos adverte a não amarmos o mundo (I Jo 2.15-17). Podemos vencer o mundo, quando aceitamos o amor de Cristo na vida e quando isso acontece logo o nosso barco se vira contra a maré, e isto significa remar contra todos os sistemas humanistas, sociológicos, filosóficos, étnicos, religiosos, enfim é esta na contra mão daqueles que estão indo para a perdição. É rejeitar de fato tudo que há no mundo, os seus desejos, pecados, e aquele que quer servir a Cristo, deve ter em mente que “no mundo tereis aflições” e que todo cristão é “um carregador de cruz”. (Mc 8.34; Jo 16.33).
c) A natureza Humana, chamada “carne” - A sede dos desejos pecaminosos e corrompidos pelo o pecado, que Paulo cita em Romanos 8.1-8, onde ele fala de sua luta constante contra o “espirito” (que é a sede dos desejos puros e retos,que conduz o homem servir a Deus.), a carne ou os desejos impuros e corrompidos no ser humano, faz com que ele fique distante da glória de Deus, pois nela está localizado todos os sentimentos e desejos, cobiça que dirige o homem na desventura da desobediência, guiando ao abismo sem retorno, que ilude e o convence de que não há possibilidades de remissão, somente quando aceitamos a Cristo, somo s libertos desses sentimentos perversos, e andamos conforme toda a vontade e conselho Deus, com uma nova mente, “a mente de Cristo” (I Co 2.16).
d) Os judeus estavam sob a escravidão.
Judeus precisavam serem libertos da tradição do judaísmo.
Os judeus serem livres do pecado. (v.34).
Precisamos também está livres do pecado. (Rm 6.16,17).
3. QUE LIBERDADE É ESSA, QUE DEVEMOS ALMEJAR?
a) devemos almejar ser livres, para ganhar a Vida Eterna.
por que sabemos que a escravidão do pecado, nos condena, além de mortificar espiritualmente o homem, ainda mortifica eternamente, quando este morre fisicamente sem Deus. (v.35)
O galardão do pecado é a morte. (Rm 6.23)
O pecado afasta o homem da Glória de Deus. (Rm 3.23)
b) Almejar o galardão final.
-Cristo concede um galardão final para aqueles que o aceitam e permanecem em fidelidade até o fim. (Ap 2.10)
É Jesus a nossa redenção, através Dele somos livres. (v.36)
Em Jesus não temos nenhuma condenação. (Rm 8.1,2)
Ele purifica o pecador através do seu sangue, quando este reconhece o seu sacrifício e ressurreição. (Rm 10.9; I Jo 1.7).
CONCLUSÃO.
Ao homem, Deus quer conceder a verdadeira liberdade, adquirida na cruz, bastando somente este reconhecer seu estado de prisão e escravidão (do pecado) mediante o livre arbítrio que Deus lhe concedeu. Por isso Deus, enviou o seu Único Filho para salvar a humanidade de seus pecados (Jo 3.16), livrar da opressão do inimigo (satanás), da sutileza e ilusão dos prazeres do mundo e dos desejos pecaminosos e corrompidos da carne. E somente a revelação da palavra de Deus fará com que o homem aprenda e receba a liberdade de Deus, através da revelação especial de Deus (Jesus) que este homem receba além da liberdade, uma vida de total livramento, que é a salvação eterna em Cristo Jesus. Só Jesus é a nossa porta de escape, o nosso livramento e propiciação dos nossos pecados, o caminho da eternidade, o bem mais precioso e almejado por todos os salvos. Enfim resta ao homem nesse momento, reconhecer que além de ser um pecador, precisa se arrepender do seus pecados e receber o sacrifício expiatório de Cristo, para poder adquirir a Vida Eterna.
Esboço elaborado por: José Roberto Alves
sexta-feira, 26 de outubro de 2012
A TRINDADE SANTÍSSIMA
Mateus 3. 16,17; 28. 19.
"E, sendo Jesus (FILHO) batizado, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus (ESPIRITO SANTO) descendo como pomba e vindo sobre ele. E eis que uma voz dos céus (PAI) dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo."
"Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;"
Estudo elaborado por: José Roberto Alves da Silva
“Não
posso pensar em um e único, sem que me veja imediatamente envolvido
pelo fulgor dos três; nem posso distinguir os três, sem que me veja
imediatamente voltado para um e único.” (NAZIANZO, Gregório de. Sermão
sobre o santo batismo).
“Eis
que me aparece, como num enigma, a Trindade. Sois vós, meu Deus, pois
Vós, Pai, criastes o céu e a terra no princípio de nossa Sabedoria, que é
a vossa Sabedoria, que de Vós nasceu, igual e co-eterna convosco, isto
é, no vosso Filho. (…) No vocábulo “Deus”, eu entendia já o Pai que
criou todas as coisas; e pela palavra “princípio” significava o Filho,
no qual tudo foi criado pelo Pai. E, como eu acreditasse que o meu Deus é
Trino, procurava a Trindade nas vossas Escrituras e via que o vosso
Espírito “pairava sobre as águas”. Eis a vossa Trindade, meu Deus: Pai,
Filho e Espírito Santo. Eis o Criador de toda criatura.” (AGOSTINHO,
Aurélio. Confissões. São Paulo: Nova Cultural, 1999. p. 379-380).
INTRODUÇÃO:
O
conhecimento genuino de Deus é a chave para a posse da vida eterna,
conforme afirmou o .Senhor Jesus (Jo 17.3). Embora seja dificil do ponto
de vista racional, entender esse misterio, é absolutamente verdadeiro
que Deus aparece nas Escrituras como um Deus trino. A palavra “Trindade”
propriamente dita, não ocorre no texto canônico, mas a doutrina está
abundantemente espalhada através de ilustrações, declarações,
referencias e inferencias, sendo elementos suficientes para nos
convencer de sua realidade.
O
termo Trindade (lat. Trinitas), foi cunhado pelo bispo Tertuliano
(160-230), para ser o designativo da doutrina de que Deus é a coabitação
eterna e perfeita de três pessoas que partilham da mesma Deidade.
Para
se alcançar um entendimento sóbrio e isento de heresias acerca da
Trindade é necessário analisar os dados bíblicos, dos quais naturalmente
emerge essa doutrina, ao invés de se criar modelos e tentar encaixar a
Bíblia a eles. O melhor modelo que podemos utilizar para a explicação da
Trindade deve ser o reflexo direto dos dados escriturísticos.
1. NOÇÕES GERAIS DE TRINDADE.
1.1 – As dificuldades da doutrina:
Muitas pessoas encontram dificuldades quando começam a estudar a doutrina da Trindade por duas razões:
a) A primeira: É que esta palavra não ocorre no texto bíblico.
b)
A segunda: É que o Antigo Testamento ensina com muita veemência a
doutrina da “unicidade” de Deus. Não devemos nos perturbar com isso,
pois existem muitas outras palavras que não ocorrem na bíblia e tratam
de temas, doutrinas, e práticas absolutamente pertinentes á vida cristã,
por exemplo: Escola Dominical, Missões, etc...
Essencialmente,
Deus é Uno. Todavia, está patente na Bíblia que Deus subsiste
eternamente em três pessoas distintas: O Pai, O Filho e o Espírito
Santo. A revelação bíblica nos aponta três pessoas igualmente divinas
(Mt 28.19). Não se trata absolutamente de três deuses, mas de três
pessoas divinas que possuem a mesma essência e eterna divindade.
Trindade é o modo triúno em que Deus é. “A Bíblia revela três pessoas,
cada uma distinta, em seu oficio, das outras. Além disso, são
perfeitamente uma unidade em caráter e harmonia, e juntas consistem uma
divindade, sem nunca serem três deuses”.
1.2 – O ensino bíblico:
O
Pai, o Filho e o Espírito Santo são três pessoas absolutamente
distintas (Jo 16. 7-10; 13-15). O texto aqui descrito nos dá a certeza
da distinção das três pessoas, Jesus é quem narra estas expressões,
chamando o Espirito Santo de Ajudador (v.7), e no versículo 15, Ele fala
na pessoa do Pai. Vemos com isso, que cada um possui sua própria
personalidade. Nenhuma das três pessoas é a outra. Cada uma tem a sua
própria identidade. A divindade pertence a cada uma das três Pessoas e
as todas três. Logo, o Pai é Deus, o Filho é Deus e o Espírito Santo é
Deus. Deus são as três pessoas. Os três são Deus e Deus são os três.
2. A TRINDADE NO ANTIGO TESTAMENTO.
“No
princípio criou Deus os céus e a terra. E a terra era sem forma e
vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus se
movia sobre a face das águas”
Analisando o texto em hebraico temos:
“Deus
(hb. elohiym, plural de ‘elowahh, designação do supremo Deus), no
princípio (hb. re’shiyth, o primeiro em lugar, tempo, ordem ou ranking)
criou (hb. bara’, criar, fazer e ‘eth, propriamente, por si só, ou seja
‘criou sem qualquer auxílio) os céus e a terra. E a terra era (hb.
hayah, vir a ser, tornar-se) sem forma e vazia (hb. tohuw, desolação,
deserta, sem coisa alguma, bohuw, estar vazia, vacuidade, ruína
indistinguível); e havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de
Deus (hb. ruwach elohiym, semelhante ao fôlego, exalação violenta,
aplicável apenas a um Ser racional) se movia sobre a face das águas.
Do
exame acima, pode-se concluir que: Deus foi o responsável pela criação
de todas as coisas, através do Seu princípio (Jesus, cf. Ap. 3.14) e Seu
Espírito Santo já encontrava-se em operação no mundo.
A
criação do homem reflete o consenso da Deidade, ao utilizar “façamos
(hb. ‘asah, fazer no sentindo mais amplo e extensivo possível)… à nossa
imagem e semelhança (hb. tselem, uma sombra, figura representativa,
dmuwth, similitude, forma, modelo)” em Gn.1.26-27.
Existem
muitas afirmações divinas que reclamam a existência e a presença de
mais de uma pessoa. Na criação do homem, Deus usa a expressão “façamos o
homem a nossa imagem” (Gn 1.26). É claro que Deus não se aconselhou com
os anjos quando decidiu criar o homem, conforme alguns entendem de Is
40.14. Em Gn 11.7, Deus diz: “Eia, desçamos e confundamos alí a sua
língua...” Em Is 6.8, o Senhor pergunta: “A quem enviarei e quem há de
ir por nós?” O primeiro versículo da Bíblia oferece um forte argumento á
doutrina da Trindade. A palavra “Deus” é a tradução da palavra “Elohim”
e a palavra “criou” é a tradução da forma verbal “barah”.
Pois
bem: Esta forma verbal exige um sujeito no singular (criou), mas a
palavra Elohim é um nome próprio na forma plural. Existem algumas
afirmações diretas que incluem a existência de três pessoas. Exemplos:
(Is 48.16) “O Senhor Jeová me enviou o seu Espírito”. São dignas de
consideração e estudo algumas passagens do Antigo Testamento, tais como a
benção tríplice de Nm 6.24-26 e a doxologia de Isaías 6.3.
3. A TRINDADE NO NOVO TESTAMENTO.
3.1 – NOS EVANGELHOS.
É
possível estudar a doutrina da Trindade em todos os Evangelhos. Por
ocasião do batismo de Jesus (Mt 3.16,17), o Pai faz uma proclamação
desde os céus; em forma corpórea de pomba descendo sobre Jesus.
Observamos a Trindade na fórmula batismal prescrita pelo Senhor em Mt
28.19. Várias vezes Jesus menciona o Pai e o Consolador e o Espirito da
Verdade em seu sermão no Evangelho segundo João, nos capitulos 14 a 16,
Jesus fala do Pai e do Espirito Santo como pessoas a Ele ligadas através
da divindade, mas perfeitamente distintas em personalidade. Ex.: Jo
14.16; 16. 7-10, etc.
3.2 – Em Atos dos Apóstolos.
Naturalmente,
o convívio com Jesus e a aprendizagem de seus ensinos levaram, seus
discipulos a uma plena compreensão da Trindade. Em Atos 1. 7,8 o Senhor
Jesus se refere de maneira cristalina as três Pessoas. Em Atos 2. 32,33
as três Pessoas são mencionadas com distinção.
3.3 – Nas Epístolas.
O
Apóstolo Paulo nos deixou um material abundante, que diz respeito a
Trindade. Foi ele quem nos apresentou a bênção apostólica em I Co 13.13.
O apóstolo Pedro distingue magistralmente as três Pessoas bem como suas
eternas atividades na obra da Redenção (I Pe 1.2)
3.4 – No Apocalípse.
Várias
referencias e inferencias são encontradas no último livro da Bíblia,
dentre as quais, destacamos os capítulos 1. 4,5 e 4. 8. Cocluímos, por
tanto, que Deus é Triuno: Tri em personalidade e manifestação e Uno em
divindade, pois só existe um único e Verdadeiro Deus (Dt. 6.4; I Jo
5.20).
Notas Adicionais do Professor:
1. A ideia de Trindade está presente nos seguintes casos na Bíblia.
a)
Criação do Homem. (Gn 1.26; 3.22; 11.7; Is 6.8; Mt 3.16,17; 28.19; I Co
12.4-6; 2 Co 13.13; Ef 4.4-6; I Pe 1.2; Jd 20,21 e Ap 1.4,5.
segunda-feira, 15 de outubro de 2012
O FRUTO DO ESPIRITO SANTO.
Por:
José Roberto
Texto:
Gálatas 5. 22 e 23.
“Mas
o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade,
bondade, fé, mansidão, temperança.”
INTRODUÇÃO:
O
verdadeiro resultado da conversão de uma pessoa a Cristo é o
aparecimento de novos comportamentos que vão alterar a conduta e o
carácter do homem. Na Epístola de Paulo aos Gálatas 5.22, o
apostolo fala sobre o “Fruto do Espirito”, essa grande benção
que Deus tem concedido na igreja e de extrema importancia na vida do
crente, pois é atraves dela que o crente passa a ter uma vida de
santificação que o conduzirá a grandes realizações e vitórias.
1.O
QUE É O FRUTO DO ESPÍRITO?
São
virtudes e qualidades que o Espirito Santo manifesta na personalidade
do crente. É o resultado das características que há em Cristo e
que foram introduzidas na vida do pecador que se arrependeu (Jo
15.1-5; 2 Co 4.10,11). Quando a comunhão com Cristo é interrompida,
a manifestação do Fruto do Espirito também é interrompida na vida
do homem.
Notemos
que expressão usada por Paulo está no singular “Fruto” e não
“Frutos”. A palavra “Fruto” vem do grego Karpós e
significa “Maturação”, juntando-a com a palavra
Espirito, temos a conclusão de que este termo quer dizer: “As
virtudes de Cristo são amadurecidas no crente como resultado da
comunhão constante com o Senhor Jesus. Nenhum crente pode
considerar-se completo se nele não houver a manifestação dessas
virtudes. (Ver Tg 1.4; 2 Pe 1.4-8).
2.
CLASSIFICAÇÃO DO FRUTO DO ESPIRITO.
Embora
a palavra Fruto está no singular como foi mencionado, porém engloba
noves virtudes, as quais são:
2.1
– Amor (gr. “Agápê”Αγάπη).
Esta
expressão vem do grego, que no sentido da palavra é a própria
essência do amor. Paulo ainda define como o vinculo da perfeição
(Cl 3.14). É o amor espontâneo, imutável e sacrificial, que nos
leva a amar até os nossos próprios inimigos. (Mt 5.46,47).
2.2
Gozo ou alegria
(gr.
“kara” Χαρά).
É
o regozijo espiritual, a alegria do amor. (At 5.41,42; 13.52). É a
felicidade que é produzida pelo o Espirito Santo em nós, mesmo que
estejemos em dificuldades e tribulações (2 Co 7.4).
2.3
Paz (gr. “Eirene” Είρήνη).
No
hebraico encontramos “Shalom”. É o resultado
decorrente da união intima do crente com Deus. É um estado de calma
interior. É tranquilidade perfeita, independentemente das
circunstancias da vida (Mc 9.50). Quanto ao seu funcionamento, a paz
é o AMOR PACIFICADO (Mt 5.9) em sua utilidade, podemos com a paz
guardar, conservar os bons pensamentos (Fp 4.8) e ter comunhão com
todos (Hb 12.14).
2.4.
Longanimidade
(gr.
Μακροθυμία).
Pronuncia
“Makrotymía” e é um dos atributos de Deus (2 Pe 3.9). É
paciencia para suportar as ofensas. É tolerancia para aguentar com
mansidão e humildade uns aos outros em amor. (ef 4.2; Tg 1.3). É o
AMOR ESPERANDO.
2.5.
Benignidade (gr. Χρηστοτης).
“Krêstótês”
é a graça e misericórdia. É a qualidade do benevolente (Cl 3.12).
É gentileza de espirito e excelência de caráter com bom tratamento
e anelando sempre o bem para o próximo (Ef 4.32; Cl 3.13). é o AMOR
AGRADANDO.
2.6.
Bondade (gr. Agatosune)
“Agatosyne”
e denomina-se como a prática do bem. É quando amor entra em ação,
fruto de um coração integro e reto (Gl 6.10).
2.7.
Fé “Pístis” (gr. Πίστις).
Ocorre
aproximadamente 244 vezes em todo o texto do N.T, a fé é o fruto
que conduz a fidelidade. “Aquele que tem fé é fiel” esse fruto
torna o cristão fiel, pois leva-nos a crê e ser fiel Àquele que
nunca vimos, mas cremos na sua existência
2.8.
Mansidão “ Praytês” (gr. Πραΰτης).
Mesmo
diante de fatos desagradáveis, o crente permanece inalterado, é a
moderação que nos conserva pacíficos (Nm 12.3; Mt 11.29). Quanto
ao seu funcionamento, é o AMOR COM SERENIDADE (Ef 4.1-3; 1 Pe 3.4).
Sua utilidade diz respeito ao aspecto individual.
2.9.
Domínio Próprio (gr. “Egkratéia” έγκράτεια).
É
a capacidade de autodomínio próprio, é o freio que colocamos à
nossa vida (Tg 3.2). É o controle do nosso espirito (Pv 16.32;
25.28), palavras (Cl 4.6) e atitudes (I Co 6.12), é o AMOR
EQUILIBRADO.
3.
COMO ADQUIRIR O FRUTO DO ESPIRITO.
3.1
– Entendendo a sua natureza.
É
o Espirito Santo quem implanta na vida do crente o Fruto do Espirito.
O objetivo é transformar o crente segundo a natureza divina (Ef
3.19; 2 Co 3.18). E assim, o crente passa a ter os sentimentos de
Cristo (Fp 2.5)
3.2
– Dependendo de Deus
O
Fruto do Espirito é algo divino em nós; é um processo de
transformação moral que está muito alem da capacidade do homem
decaído. É indispensável a dependência de Deus para que seja
gerado em nós o “FRUTO”.
3.3
– Dedicando-se ao serviço de Deus.
Através
da dedicação o crente experimenta a cada dia uma manifestação
crescente da presença de Deus em sua vida (2 Co 4.16; 3.18),
resultando na posse das virtudes divinas. É necessário, portanto a
cooperação do livre arbítrio no propósito da dedicação a Deus.
Redação,
Pesquisa e Editoração:
José
Roberto Alves da Silva
Bacharel
em Teologia, Professor de Discipulado da
Congreg.
Jardim Maravilha, Petrolina – PE.
Site:
www.osfundamentosbiblicosdafe.blogspot.com
E-mail:
joseroberto.teologo@gmail.com
Assinar:
Comentários (Atom)