INDICE CRISTÃOS BEREANOS

quinta-feira, 26 de novembro de 2020

COMENTÁRIO GERAL EM RESUMO SOBRE A 1ª EPISTOLA AOS CORINTIOS.

Texto: I Co 1.10-16; 5.1-5; 6.1-8;

INTRODUÇÃO

Problemas: Litígio. Divisão. Escândalo. Tragicamente, as manchetes contemporâneas frequentemente anunciam aos quatro ventos más notícias sobre as igrejas locais. Notícias de escapadas sexuais de líderes, processos judiciais de membros desgostosos e desmoralizados, práticas fiscais não éticas e irresponsáveis, e heresias ruidosas, parecem desfilar semanalmente pelas telas de televisão. Jesus havia dito aos Doze que os seus seguidores seriam conhecidos por seu amor (Jo 13.35). Contudo, hoje, muitos dos que afirmam segui-lo estão marcados por tudo, menos o amor. Em vez de permanecer separada do mundo, a igreja assumiu a aparência de outras instituições seculares e misturou-se. 
O que Deus diria a estes crentes errados, a igrejas e indivíduos que se extraviaram da obediência aos seus mandamentos? Ele disse há aproximadamente 2.000 anos atrás, através de Paulo, aos cristãos na decadente Corinto, uma cidade semelhante a muitas comunidades hoje. Paulo escreveu cartas, agora conhecidas como 1 e 2 Coríntios, rogando que os crentes se concentrassem em Cristo, abandonassem a imoralidade, resolvessem as suas diferenças, rejeitassem os falsos mestres, se unissem, e se amassem. Ao ler estas epístolas pessoais e poderosas, escritas primeiro aos antigos gregos, saiba que as palavras e princípios também se aplicam a esta geração.

1. A CIDADE DE CORINTO

a) A CIDADE DE CORINTO – GRÉCIA

Localização:
As quatro cidades mais importantes do Império Romano eram: Roma, Corinto, Éfeso e Antioquia da Síria. Portanto, Corinto era celebre. Era uma cidade especialmente apropriada para navegação e comércio, era ligada a Grécia por uma estreita faixa terra chamada “istmo de Corinto”, tinha dois portos sendo um no norte e um no sul desta faixa e por isso se tornou uma potência no comércio entre o Ocidente, Oriente e mundo mediterrâneo. Assim, além de ser a única passagem por terra entre o norte e o sul da Grécia, era também passagem entre a Ásia, a Palestina e a Itália. Os navegantes poderiam dar a volta pelo sul da península. Porém, o mar na região era muito tempestuoso. Corinto era então um corredor de mercadorias. Além disso, suas terras eram férteis. A cidade era rica e tinha localização estratégica no cenário mundial. 
Corinto, além de ser uma cidade antiga da Grécia, era, em muitos aspectos, a metrópole grega de maior destaque nos tempos de Paulo. Assim como muitas das cidades prósperas do mundo de hoje, Corinto era intelectualmente arrogante, materialmente próspera e moralmente corrupta. O pecado, em todas as suas formas, grassava nessa cidade de má fama, pela sua licenciosidade. 

b)ALGUMAS DECLARAÇÕES SOBRE O MODO DE VIDA EM CORINTO.

1. ARISTÓFANES (450-385 a.C) – Criou o termo “KORINTHIAZESTHAI” que significa comporta-se como um corinto, isto é, fornicar. (I Co 5.1).
2. PLATÃO (421-347 a.C) dá a expressão “KORINTHIA KORÉ” (moça de corinto) um sentido de prostituta “cultual”.
3. HELIO ARISTIDES (117-180 a.C) chama Corinto de “cidade de Afrodite”. Se referindo a licenciosidade que era praticada naquela cidade.

c) História:

1.Corinto grega.

No auge da civilização grega, Corinto já ocupava lugar de destaque. Em 146 a.C., a cidade foi destruída pelo cônsul romano Mummius.

2.Corinto romana.

Devido à sua posição estratégica, a cidade foi reconstruída em 46 a.C. por Júlio César, tornando-se capital da Província Romana da Acaia. A nova Corinto possuía ruas amplas, praças, templos (Netuno, Apolo, etc), estádio (I Cor.9.24), teatros, estátuas, e o santuário de mármore branco e azul (Rostra), onde se pronunciavam discursos e sentenças.

3.A idolatria de Corinto.

A cidade de Corinto era muito idolatra, mantendo altares dedicado a POSEIDON, que tido como deus principal, HERMES, ARTEMIS, ZEUS, DIONÍSIO. Este tipo de idolatria se misturava as praticas sexuais, a prostituição como forma de cultuar seus deuses, e no templo havia pelos menos mil sacerdotisas que se entregavam a tais práticas em adoração a Afrodite, a deusa da fertilização. Então o apostolo Paulo orienta os crentes dali a fugir de toda prática promiscua e idolatra, lembrando que de fato eles deveriam se afastar de tudo que os poderiam o envolver novamente e levar a praticar os mesmos pecados da natureza pecaminosa humana.
A idolatria fazia parte da cultura grega com seus inúmeros deuses mitológicos. Ao sul de Corinto havia uma colina chamada Acrocorinto, que se elevava a 152 metros acima da cidade. Ali estava o templo de Afrodite, também chamada Astarte, Vênus ou Vésper, – deusa do amor e da fertilidade.

4.A corrupção de Corinto

Os cultos a Afrodite incluíam ritos sexuais realizados por 1000 sacerdotisas, ou seja, prostitutas cultuais. O fato de ser cidade portuária, contribuía para que umas séries de problemas se estabelecessem. Muitos viajantes que por ali passavam se entregavam à prostituição e à prática de outros delitos. O fato de estarem de passagem criava uma sensação de impunidade, o que de fato se concretizava normalmente. Estes e outros fatores contribuíam para uma corrupção generalizada na cidade. 

2. A ORIGEM DA IGREJA EM CORINTO

a)Paulo visitou Corinto em sua segunda viagem missionária.

Na época da visita de Paulo, Corinto era uma alvoroçada cidade comercial, centro do comércio mediterrâneo. Não é de admirar que Paulo tenha encontrado facilmente trabalho como fabricante de tendas (muito provavelmente trabalhando com tecido de pelos de cabra, um comércio proeminente na região natural de Paulo, a Cilícia). Em seu tempo livre, Paulo começou a falar sobre Cristo aos judeus na sinagoga local, mas ele recebeu uma fria recepção. Sem temer a oposição, Paulo começou a ensinar perto da sinagoga, na casa de Tito Justo. Isto enfureceu os judeus. A congregação de Paulo provavelmente incluía muitos gentios tementes a Deus que costumavam frequentar a sinagoga bem ao lado. Pelo fato de estes judeus coríntios odiarem a Paulo, eles apresentaram uma queixa oficial a Gálio, o governador da Acaia. Gálio, no entanto, recusou-se a ouvir o seu caso, porque ele via os primeiros cristãos simplesmente como uma outra seita do judaísmo. Ironicamente, esta percepção errônea protegeu a jovem igreja de ser rigorosamente perseguida pelos romanos. Com os seus adversários derrotados, Paulo estava livre para ficar em Corinto por um ano e meio (por volta de 50-52 d.C.), uma das estadias mais longas de Paulo em qualquer cidade durante as suas viagens missionárias. Talvez ele imaginasse Corinto como um centro de evangelismo para toda a Grécia.

b) Breve biografia sobre o autor da carta.

Autor: Saulo, também chamado Paulo após sua conversão. (At 13.9) 
Cidade Nascimento: Tarso, Capital da Cilícia e província Romana. (At 22:3).
Foi Fariseu: Saulo foi fariseu extremamente religioso. (At 26:4-5)
Ofícios: Artesão de Tendas , Grande autoridade e influência. (Fp 3:5 At 18:3 At 26:10.)
Sua Cultura: Estudou a Lei com um dos maiores rabinos da Época Gamaliel. (At 22:3.)
Atuação como Fariseu: Perseguidor de Cristãos. (At 8:1-3)
Conversão: Ocorreu quando estava indo para Damasco. (At 9:1-9)
Deus escolhe a Saulo: Ananias recebe a missão de ungir Paulo. (At 9:13-22)
Um dos mais influentes escritores do NT: Escreveu 13 livros. Rm, 1Co, 2Co, Gl, Ef, Fp, Cl, 1Ts, 2Ts, 1Tm, 2Tm, Tt, Fm.

c) A autoria da Carta.

Paulo escreveu esta carta a Corinto durante a sua visita de três anos a Éfeso, em sua terceira viagem missionária. As duas cidades situavam-se uma em frente a outra, no mar Egeu e ambas eram portos movimentados e importantes. Tito pode ter transportado esta carta de Éfeso para Corinto (2 Co 12.18). A autoria de Paulo de 1 Corintios jamais foi seriamente questionada pelos estudiosos da Bíblia Sagrada. Já no primeiro versículo de 1 Corintios, ele identificasse como o autor, e a Sóstenes, como o seu secretário. Esta evidência, juntamente com a ênfase paulina na liberdade do crente em Cristo (I Co 10.23-33), É suficiente para convencer a maioria dos estudiosos.

d. Data e Contexto.

Escrita de Éfeso, por volta de 55 d.C. Perto do final de 1 Coríntios, Paulo relatou os detalhes de seus recentes planos de viagem, e revelou que estava escrevendo da cidade de Éfeso (16.8). Em sua terceira viagem missionária, Paulo ficou em Éfeso por três anos. Éfeso, uma movimentada cidade portuária na Ásia Menor (atual Turquia), era uma cidade estratégica para a propagação da mensagem do Evangelho na Ásia Menor. Localizada no entroncamento de duas antigas rotas terrestres (a estrada costeira em direção ao norte até Troas, e a rota ocidental para Colossos, Laodiceia e além), Éfeso tornou-se um ponto de compras habitual para os navios que navegavam pelo Mar Egeu.

3. OS DESTINATÁRIOS:

a) A igreja em Corinto.

Corinto foi a última cidade que Paulo visitou em sua segunda viagem missionária (At 18.1-18). Ele ficou em Corinto por dezoito meses, estabelecendo uma igreja ali. Apoio, a quem foi ensinada a base da fé cristã por Aquila e Priscila, em Éfeso, visitou a igreja em um momento posterior, encorajando os crentes (1.12). Infelizmente, a igreja coríntia não só refletia o caráter multiétnico da cidade, mas também a sua depravação moral. As exortações de Paulo contra o incesto (5.1-5), e contra o relacionamento com prostitutas (6.9-20), indicam que membros na igreja estavam lutando para resistir à imoralidade difusa de sua cidade. Mas Paulo não iria transigir os padrões elevados da conduta cristã para a igreja em Corinto.

b) Corrupção na igreja de Corinto.

Infelizmente, a igreja coríntia não só refletia o caráter multiétnico da cidade, mas também a sua depravação moral. As exortações de Paulo contra o incesto (5.1-5), e contra o relacionamento com prostitutas (6.9-20), indicam que membros na igreja estavam lutando para resistir à imoralidade difusa de sua cidade. Mas Paulo não iria transigir os padrões elevados da conduta cristã para a igreja em Corinto. Estar cercado pela imoralidade generalizada não tornava os coríntios uma exceção. Em vez disso, ele os chamou para uma vida pura, separada para Deus. Ele até comparou seus corpos com o templo de Deus (6.18-20). Mesmo com os seus numerosos problemas, 0 corpo coríntio de crentes tornou-se uma igreja estratégica para a propagação do Evangelho. Sua localização nas principais rotas comerciais do império romano tornou-a um posto avançado chave para a divulgação do Evangelho na Acaia (atual Grécia).

4. OCASIÃO E PROPÓSITO

a) Questões adversas.

Responder algumas perguntas sobre a ordem na igreja, identificar alguns problemas na igreja de Corinto, e ensinar os crentes como viver para Cristo em uma sociedade corrompida.
Em suas viagens por todo o mundo mediterrâneo, Paulo visitou várias cidades e portos, estabelecendo pequenas células de crentes comprometidos em quase todo lugar que ele visitou. Durante as suas viagens, Paulo lidou com uma grande variedade de pessoas — desde uma multidão enfurecida até filósofos sutis - e com várias situações - desde uma perseguição feroz até a complacência moral. Em tudo isto, ele demonstrou um profundo interesse pelo bem-estar espiritual de cada pessoa com a qual ele entrou em contato. Suas cartas frequentemente relatam como ele lutou em oração por uma igreja ou por um indivíduo (2 Co 13.7; 1 Ts 3.10).

b) Epístolas perdidas.

A primeira carta que Paulo escreveu aos crentes coríntios se perdeu. O texto em 1 Coríntios 5.9 menciona esta carta anterior. Obviamente, ela não poderia ter sido 1 Coríntios. O conteúdo exato desta carta é desconhecido. 1 Coríntios 5 sugere que Paulo havia advertido aos coríntios, naquela carta, para não se associarem com aqueles que, denominando-se cristãos, se envolviam com a imoralidade sexual.
Os problemas em Corinto. Perto do final de sua estadia em Éfeso, Paulo escreveu uma segunda carta, a epístola denominada 1 Coríntios. Ele escreveu esta carta em resposta a uma mensagem entregue por Estéfanas, Fortunato e Acaico (16.17). Estéfanas e seus companheiros tinham feito a Paulo uma série de perguntas, em sua maioria com relação à ordem na igreja.

c) A influencia cultural de Corinto.

A primeira carta aos Coríntios mostra claramente que algumas das filosofias do mundo grego e romano estavam dissimulando a percepção dos coríntios quanto à sua recém-descoberta fé em Jesus. Esta carta foi escrita a um grupo de crentes que ainda estavam influenciados pelo dualismo filosófico. Desde Platão, boa parte da filosofia grega vinha se baseando na crença de que o espiritual e o material eram esferas completamente separadas da existência humana. De acordo com este ponto de vista, o lado material ou físico da natureza humana era inerentemente corrupto e destinado à destruição. Em contraste, o lado espiritual poderia gradualmente perder a sua ligação com o material e subir a Deus, o Espírito puro. Este tipo de raciocínio foi absorvido pelos gnósticos no século II e provavelmente formou a base da negação dos coríntios de uma ressurreição corpórea (veja a defesa de Paulo da ressurreição de Jesus em 15-12-34).

5. MENSAGEM.

a)Após a sua saudação habitual (1.1-3).

Paulo começa afirmando as grandes verdades do Evangelho:
Deus havia dado graça aos crentes coríntios através de Jesus Cristo (1.4); 
Deus os havia enriquecido grandemente (1.5); 
Deus havia lhes dado todos os dons espirituais (1.7); 
O Senhor Jesus Cristo logo voltaria (1.7); 
Deus lhes daria o poder de serem fortes e irrepreensíveis (1.8); 
Deus é fiel (1.9). 
Mas então Paulo conduz o resto da história, começando por uma discussão sobre as divisões entre os crentes e um grande apelo pela unidade (1.10-4.21). 
Em seguida, ele move-se rapidamente para condenar um relacionamento específico e ilícito na igreja (5.1,2). 
Litígios entre cristãos (6.1-11). 
E imoralidade sexual (6.12-20). 

b) A suavidade de Paulo.

Então, Paulo suaviza um pouco ao ensinar sobre o casamento e a vida de solteiro (7.1-40). 
A relação entre a consciência e a liberdade em Cristo (8.1-10.33). 
A ordem nos cultos de adoração a Deus (11.1-34). Os dons espirituais (12.1-14.40), e a realidade e o poder da ressurreição (15.1-58). 
Cada um destes ensinos, porém, traz a implicação de um problema. Evidentemente, os casamentos estavam em dificuldades; cristãos fortes e fracos estavam em conflito; a adoração, a Santa Ceia e os dons espirituais estavam sofrendo abusos; e uma doutrina errada estava sendo introduzida. Então, Paulo diz: “Vigiai justamente” (15.34). 
Paulo encerra com um lembrete da coleta para a igreja em Jerusalém (16.1-4), seus planos de visitar os coríntios (16.5-9). 
Além de comentários e incentivos variados (16.10-24).

6. OS TEMAS PRINCIPAIS DE  I CORINTIOS.

Os temas principais na carta de 1 Coríntios incluem: Lealdades; Imoralidade; Liberdade;
Adoração; Corpo de Cristo; Ressurreição.

a)LEALDADES. (1.10-31; 2.1-5; 3.1-15; 4.1-21; 9.1-27). 

Os coríntios estavam se reunindo em torno de vários líderes e instrutores da igreja — Pedro, Paulo e Apoio. Outros, na tentativa de alcançar a superioridade espiritual, estavam afirmando “seguir a Cristo”. Estas lealdades levaram a um orgulho intelectual e criaram um
espírito de divisão na igreja.

-IM PORTÂNCIA PARA H O JE.

 A lealdade pessoal aos líderes humanos ou à sabedoria humana jamais deve dividir os cristãos em grupos. Os crentes devem cuidar uns dos outros, e não competir pela proeminência. Cristo une aqueles que confiam nele; Ele não traz uma divisão entre os crentes. Como os cristãos em Corinto, os crentes contemporâneos frequentemente se juntam em torno de pregadores e professores populares. E o resultado é tão divisor quanto no século I. Em vez de nos dividirmos em relação a personalidades, estilos de adoração, e pormenores teológicos, precisamos nos concentrar em Cristo. Ele nos unirá. Seja leal, porém lembre-se de que o único que tem direito à nossa lealdade absoluta é Cristo. Deixe que ele dirija a sua vida.

b)Imoralidade (1.8; 5.1-13; 6.1-20; 7.1-40; 9.24-27; 10.1-13; 16.13). 

Paulo tinha recebido um relatório que informava a presença de grande imoralidade na igreja de Corinto: pecados sexuais não corrigidos e litígios entre crentes. As pessoas estavam indiferentes à imoralidade em sua comunidade e em sua igreja, e só estavam pensando em si mesmas. Isto enfraqueceu o testemunho da igreja e levou a erros de conceito sobre a vida cristã, especialmente no tocante à liberdade sexual e ao casamento. Destacando a necessidade de uma vida moral íntegra e de corpos dedicados a servir a Deus, Paulo confrontou os coríntios com seus pecados, e os chamou de volta a uma vida e a um casamento centralizados em Cristo.

-IMPORTÂNCIA PARA H O JE.
 Embora a cultura contemporânea denigra o casamento e promova a promiscuidade sexual e os litígios frívolos, os cristãos devem manter o seu foco em Deus e na sua Palavra, e nunca transigir com ideias e práticas pecadoras. Os crentes não devem se misturar com a sociedade. Noá será fácil ir contra a correnteza, mas você deve determinar viver à altura do padrão de moralidade de Deus. Recuse-se a tolerar o comportamento imoral, especialmente entre crentes.

c)Liberdade (8.1-13; 9.19-27; 10.23-33; 11.1).

Paulo ensinou a liberdade de escolha sobre práticas não expressamente proibidas nas Escrituras. Alguns crentes acharam que certas ações, como comprar carne proveniente de animais usados em rituais pagá os, eram pecaminosas por associação. Outros sentiram-se livres da lei para praticarem tais ações. Paulo ensinou que aqueles que eram mais fortes, que se sentiam livres para comer a carne que tinha sido oferecida aos ídolos, deveriam evitar comê-la, para que não escandalizassem os crentes mais fracos. Porém, Ele também ensinou que aqueles que tinham uma consciência mais sensível não deveriam julgar os outros e obrigá-los a entrar em um estilo de vida rígido “sem comer carne”

-IMPORTÂNCIA PARA H O JE. 

Embora comer carne geralmente não seja um tema controverso entre os crentes hoje, outras práticas dividem as nossas igrejas. Paulo ensina claramente que somos livres em Cristo, contudo não devemos abusar de nossa liberdade cristã, sendo desatenciosos e insensíveis para com os outros. Jamais devemos encorajar os outros a fazerem o que é errado por qualquer coisa que façamos. Seja qual for a controvérsia de comportamento em sua igreja e comunidade, deixe que o amor seja o seu guia. Evite julgar outros crentes, e seja amável em relação àqueles que possuem uma consciência mais sensível. 

d)Adoração (11.2-34; 14.1-40).

 Paulo citou a desordem no culto. As pessoas estavam tomando a Ceia do Senhor sem primeiro confessarem os seus pecados. E muitos a estavam usando como uma ocasião para comer e beber em excesso. Além disso, havia erros no uso dos dons espirituais, e uma confusão sobre o papel das mulheres na igreja. Paulo deu instruções explícitas que tinham a finalidade de  trazer a ordem, e também o enfiaque correto aos seus cultos de louvor e adoração ao Senhor. Estas instruções dizem respeito a levar a presença de Deus a sério.

-IMPORTÂNCIA PARA HOJE.
 Certamente, não há maior privilégio do que permanecer na presença do Deus todo-poderoso. Portanto, a adoração é uma tarefa admirável e sagrada, e deve ser executada adequadamente e de um modo ordeiro. Embora os estilos de culto e adoração possam variar de cultura para cultura e de igreja para igreja, toda adoração a Deus deve ser feita de uma maneira digna de sua elevada honra. Certifique-se de que o culto em sua igreja seja centrado em Cristo, harmonioso, útil, e que edifique a todos os crentes.

e)Corpo de Cristo (12.1-31; 13.1-13; 16.1-3). 

Os crentes coríntios estavam confusos sobre o seu papel na igreja. E, evidentemente, muitos estavam procurando possuir os dons mais notáveis e públicos (por exemplo, pregar, ensinar, falar em línguas). Mas Paulo enfatizou que cada membro e cada dom são essenciais para a vida do corpo de Cristo. Assim como no corpo físico, a igreja tem muitas partes, e cada parte tem um papel especial a desempenhar. Dessa forma. Deus deu a cada membro do corpo um conjunto inigualável de dons espirituais. Em vez de diminuir o próprio papel e utilidade, ou invejar os dons mais excelentes que os outros possam ter, cada membro deve descobrir e usar os seus próprios dons espirituais que lhe foram concedidos por Deus. Embora exista uma grande diversidade no corpo, expressa na grande variedade de personalidades e dons, a igreja encontra a sua unidade em Cristo. E o maior dom de todos é o amor.

f)Ressurreição (15.1-58).

Algumas pessoas estavam negando que Cristo tinha ressuscitado dos mortos. Outros ensinavam que as pessoas não seriam ressuscitadas fisicamente. Refutando estas ideias, Paulo proclamou a realidade da ressurreição. Na verdade, a ressurreição de Cristo garante aos crentes que eles terão corpos novos e vivificados depois que morrerem. A esperança da ressurreição dá aos cristãos segurança e confiança para viverem diariamente para Cristo. 

-IMPORTÂNCIA PARA HOJE.
Visto que seremos ressuscitados para a vida depois que morrermos, a nossa vida não é vã. Devemos permanecer fiéis a Deus em nossa moralidade e em nosso serviço. Devemos viver hoje sabendo que passaremos a eternidade com Cristo. Quando você estiver ao lado do túmulo de uma pessoa amada, ou quando você lutar com a sua própria mortalidade, lembre-se da ressurreição. Porque Ele vive, você também viverá, e se unirá a todos os outros crentes que partiram antes de você.

7.ESBOÇO DE  I CORÍNTIOS

I. Paulo Cita os Problemas da Igreja (1.1-6.20)

A. Divisões na igreja
B. Desordem na igreja

II. Paulo Responde às Perguntas da Igreja (7.1-16.24)

A. Instrução sobre o casamento cristão
B. Instrução sobre a liberdade cristã
C. Instrução sobre o culto público
D. Instrução sobre a ressurreição

BIBLIOLOGIA:

Bíblia de Estudo Pentecostal – (CPAD) SBB – Revista e Corrigida, 1995.
Revista Periódica Pentecostes – A doutrina da Santificação em I Corintios – Pr. Roberto Carlos Cruvinel, pág. 3,4 – CPAD, Julho de 2001.
Comentários do Novo Testamento de Aplicação Pessoal – CPAD, Comentário em I Corintios, pág.100-110 – Consultas e Cópias. -1ª Edição de 2009.

DIGITAÇÃO E PESQUISAS:

JOSÉ ROBERTO ALVES DA SILVA

Professor/ Músico e Teólogo e Membro da AD SEARA Petrolina - Congregação em Dom Avelar - Petrolina/PE.

“Glórias seja dada ao Nosso Deus, ao Senhor Jesus Cristo”

“Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas” Efésios 2.10