INDICE CRISTÃOS BEREANOS

sexta-feira, 8 de setembro de 2017

AS BODAS DO CORDEIRO

Texto:  Apocalipse  19.  1-9.
INTRODUÇÃO.
As  Bodas  do  Cordeiro,  é  um  dos assuntos que quase não se discute em uma sala de aula, visto que a mesma faz parte de um ramo da teologia: A  Escatologia -  é  a  doutrina  das  ultimas  coisas, e faz parte do ensino  de  linha  teológica  dispensacionalista, onde por meio de uma cronologia  ou  a  sistematização  dos  eventos, define o  que  ocorrerá  no  tempo  do  fim,  precisamente  entre  a sexta  e  a  sétima  dispensação.  Tendo  em  vista  o  tempo  da  igreja  gentílica,  cruzando  já  a  quase 2.000   anos  de  história,   que  finalmente   culminará  nos  cumprimentos  proféticos   finais  e consequentemente  a  esperada  Vinda  do  Rei  Jesus,  vindo  buscar  a  sua  igreja,  tal  qual  noivo  a buscar  a  noiva.  Sinais  precedidos  com  o  Arrebatamento,  e  o  Tribunal  de  Cristo  e  posteriormente  as Bodas,  que  na  verdade  é  a  festa  de  Casamento.  Muitas  referencias  biblicas  proporcionam variedades  riquíssimas  em  detalhes  e  complementação  do  assunto.  Iremos  sequencialmente  tentar abordar  de  maneira  clara  e  concisa,  sintetizando  cada  particularidade  do  assunto.
1-  REFERENCIAS  SOBRE  O  ASSUNTO  NAS  ESCRITURAS. 
a)  Encontramos  basicamente,  utilizando  a  JFA-RC,  aproximadamente  15  referencias  sobre bodas,  de  forma  literal  nas  escrituras,  vejamos. 
1-Quando  Sansão  celebra  a  própria  festa  de  casamento  –  Jz  14.12,17. 2-  Quando  Jesus  fala  sobre  a  prática  do  Jejum,  em  que  os  convidados  não  deveria  jejuar, enquanto  o  noivo  estivesse  com  eles  –  Mt  9.15;  Mc  2.19;  Lc  5.34.
3-  Jesus  conta  a  Parábolas  das  Bodas  –  Mt  22.1-9.
4-  A parábolas  das  Dez  Virgens  –  Mt  25.10  (1-13). 
5-  Parábola  do  Servo  Vigilante  –  Lc  12.36;  (Ap.  19.11-21) 
6-  Parábola  dos  primeiros  assentos  –  Lc  14.8.
7- Jesus nas Bodas em Caná da Galileia – João 2.1-2. 8-  A  BODAS  DO  CORDEIRO  –  Ap  19.7,9;  -  Apenas  especificamente  nestas  passagens  é  que falam  sobre  o  Casamento  ou  Bodas  do  Cordeiro. 
b)    Referencias  sobre  as  Bodas  do  Cordeiro. 
1.  Como  foi  explicado  anteriormente,  apenas  nestes  dois  versículos  do  Apocalipse  é  que encontramos  a  expressão   Bodas  do  Cordeiro,  que  em  grego  é   “Gámos  toû  Arniou  –  v.7”  e “deîpinon  toû  Gámos  tou  Arniou  –  v.9”,  que  segundo  a  interpretação  da  teologia  das  dispensações, dentro  da  cronologia  escatológica  do  tempo,  se  trata  da  Festa  de  casamento  de  Cristo  com  a  sua igreja,  tomando  por  bases  outras  referencias  biblicas,  dentre  elas  as  mais  conhecidas,  como:  Samo 45;  Mt  22;  Mt  25.1-13;  etc...  (Fonte:  Biblia  de  Estudo  Dake). 
2. Alguns  explicam  que  as  Bodas  do  Cordeiro  nestas  passagens  seria  que:  “o  simbolismo  do 
casamento  expressa  intimidade,  amor  e  alegria  entre  Cristo  e  seu  povo,  consumando  assim,  os compromissos  expressos  anteriormente  nas  escrituras.  (Is  54.5-8;  Os  2.19-20;  Ef  5.26-27;) (Fonte:  Biblia  de  Estudo  de  Genebra).

2. O QUE SIGNIFICA A PALAVRA “BODAS”? Em  João  2.1-2,  encontramos  as  seguintes  palavras  em  grego  -  “Gámous  e  Gamon”;  em  Mt 22.2-4,9  “Gámous,  Gámous  e  Gámous”;  vs.  10-12  as  palavras  “Gámos,  Gámou  e  Gámou”;  Mt 25.10  “Gámous”;  e  em  Ap  19.7  “Gámos  toû  Arniou”  -  Bodas  do  Cordeiro  e  no  versículo  9  a expressão  “deîpinon  toû  Gámos  toû  Arniou”.  Que  já  foi  exposto  anteriormente  como  referencias, que  aqui  pretendemos  dar  uma  explicação  detalhada  sobre  estes  vocábulos.  A  palavra  grega 'Gámos,  ou  –  s.m  (substantivo  masculino)  que  significa  –  união  legitima,  matrimonio  //  bodas, festas  nupciais;  nupcias;  etc...
3. O CASAMENTO NA CULTURA JUDAICA. 
Conforme  os  texto  lidos  e  relidos  do  Evangelho  de  Mateus  e  outros,  como  nos  capítulos  22  e  25, encontramos  um  fundo  histórico-cultural  judaico,  tratando  cada  detalhe  o  casamento. 
a)  O  NOIVADO  –  Esse  era  e  é  o  primeiro  passo  a  ser  dado  para  se  contrair  contrato  de casamento,  era  um  compromisso  assumido  normalmente  entres  os  pais  dos  noivos.  Em  que  os noivos  ficavam  prometidos  até  que  se  realiza-se  o  casamento. 
b)  OS  PRESENTES  –  O  noivo  ou  a  família  estavam  na  obrigação  de  dar  presentes  a  noiva.  Vemos isso  em  Gn  24.52,53  de  Isaac  e  Rebeca  e  em  Gn  29.19,20  no  caso  de  Jacó. c) TEMPO  DE  ESPERA  –  Os  noivos  deviam  ser  fiéis  um  ao  outro  como  se  fossem  já  casados. Caso  houvessem  infidelidade,  haveria  dissolução  do  noivado,  sendo  anulado  o  mesmo. 
d) O CASAMENTO  – Iniciava  com  a  ida  do  noivo  a  casa  da  noiva,  indo  buscá-la  para  levá-la a  sua  festa  nupcial  e  logo  após  a  lua  de  mel.  A  noiva  esperava  ansiosamente  pelo  o  noivo,  vestindo roupas  e  joias  guardadas  para  o  evento,  seguindo  com  o  noivo  e  as  damas  de  honra  e  convidados para  o  banquete. 
e)  O  SIGINIFICADO  –  Cristo  nos  fez  promessas  quando  veio  a  2.000  anos  atrás,  e  a  sua  igreja, nós,  o  aceitamos  e  prometemos  fidelidade  a  Ele,  portanto  devemos  permanecer  virgem  e  pura espiritualmente.  O  seu  maior  presente  ou  dote  que  Ele  nos  deu,  foi  a  sua  morte  vicária,  em  favor das  nossas  pobres  almas  que  estavam  afastadas  de  Deus,  e  nos  comprou  com  seu  sangue,  dando sua  vida.  Veja:  Ef  5.25  e  At  2028.

4. O SIGNICADO HISTORICO DAS BODAS. 
É  sugerido  que  quando  Cristo  proferiu  a  parábolas  das  bodas  em  Mateus  25:  1-12,  ele estivesse  assentado  no  Monte  das  Oliveiras,  já  na  declinação  do  sol  sobre  os  montes  e  quando  a noite  se  aproximava,  estando  com  seus  discipulos,  entre  as  sombras  da  noite  que  enegrecem  com  a saída  do  sol,  ele  avista  uma  moradia  com  esplendorosa  luz  de  uma  festa,  que  tudo  indica  ser  uma celebração  nupcial.  Isto  indica  que  as  festividades  no  oriente  sobre  as  bodas  sempre  acontecia  á noite.  E  era  de  costume  que  o  noivo  partisse  ao  encontro  de  sua  noiva,  trazendo  consigo  até  a  sua casa,  á  luz  de  tocas,  o  séquito  dos  nubentes  sai  da  casa  paterna  para  seu  próprio  lar,  onde  estava preparado  um  banquete,  que  era  oferecido  aos  convidados.  Era  uma  cena  contemplativa  aos  olhos de Cristo, onde um grupo espera o aparecimento do séquito nupcial para a ele se ajuntar.
a)  Cristo  é  o  noivo  que  ansioso  aguarda  a  encontrar-se  com  a  sua  noiva  amada  -igreja-  na parábola  que  é  representadas  pelas  virgens.  (Mt  25.1).
b)  Prudentes  e  néscias  –  tratasse  do  retrato  da  igreja,  onde  sua  constituição  ainda  é  mantida  de fieis  íntegros  e  infiéis  que  levavam  consigo  suas  lamparinas  com  azeite,  onde  uns  puderam  poupar o  que  tinha  e  outros  deixaram  esgotar  o  que  tinha  de  maneira  relaxada.  Mt  25.2-4) 
c)  As  lamparinas  significam  a  palavra  de  Deus  e  o  azeite  o  Espirito  Santo.  (Sl  119.105;  o  azeite da  unção  –  Ex  25.6;  Nm  35.25;  2  Sm  1.21;  Sl  133.2;  Jl  2.28. d) A  demora  do  aparecimento  do  noivo,  que  fala  declinação  temporária  do  dia  á  noite, fazendo com que as virgens se acomodassem e viesses tosquenejar. (Mt 25.5).

5- A EXPLICITAÇÃO DO ENSINO SOBRE ESTA VERDADE – AS BODAS DO CORDEIRO. 
a)  Embora  existam  várias  interpretações  escatológicas  hodiernamente,  várias  escolas  tentam explanar  com  precisão  os  acontecimentos  dos  eventos  finais  na  trajetória  da  igreja,  fica  claro  que o  assunto  embora  visto  por  alguns  como  apenas  um  simbolo,  precisamos  de  fato  mostrar  a literalidade  dessa  doutrina,  procurando  ligar  e  entrelaçar  algumas  verdades  biblicas  para  um melhor  entendimento.  Cristo  em  várias  passagens  do  N.T,  em  parábolas  explicou  que  na  realidade haverá  de  fato  uma  grande  celebração  nas  regiões  celestiais,  como  em  passagens  de  Mt  22.2-9; 25;  Lc  12.36;  14.15-24;  e  quando  na  celebração  da  instituição  da  Santa  Ceia,  junto  aos  seus apóstolos,  o  Senhor  revelou  a  sua  ansiedade  de  realizar  a  “Grande  Ceia  nos  céus”  em  Mt  26.29. Veja  outras  referencias:  Mc  14.25;  Lc  22.16,18,30;  e  que  o  Apostolo  Paulo  também  faz  menção  a este assunto, quando doutrina sobre a celebração da ceia do Senhor em I Co 11.26). 
b)  É  chamado  de  Casamento  de  Cristo  com  a  sua  Igreja,  tal  qual  o  apostolo  Paulo  chama  de virgem  pura  em  2  Co  11.2,  e  chama  como  alguém  que  anela  vê-la.  (Ct.  2.13).
c) A  igreja  deve  ser  lavada  e  redimida  no  sangue  do  Cordeiro,  constituída  de  fiéis  salvos em  todo  o  mundo  e  de  todas  as  tribos  e  nações  em  todos  os  tempos,  tanto  judeus  como  gentios, cujas  vestes  nupciais  são  brancas  e  puras.  (Ap  3.5;  7.9;  19.8)  que  são  adquiridas  e  conquistadas ainda  na  terra,  antes  do  arrebatamento,  será  a  justiça  dos  santos  (Lv  19.35,  36)  e  esse  evento  ainda é  comparado  á:  
1-  José  no  Egito  que  se  casa  com  uma  gentia  –  Gn  41.45;  
2-  Moisés  que  se  casa com  Zípora.  -  Ex  2.21;

6-  O SENTIDO  DA PALAVRA “CORDEIRO”.
Em  relação  a  Cristo,  a  palavra  “Cordeiro”  fortalece  a  ideia  de  que  a  igreja  foi  comprada  por  um alto  preço,  o  sangue  do  Cordeiro  de  Deus  (I  Pe  1.18,19;  Ap  5.6-9).  Existem  aproximadamente  2 referencias  diretas  sobre  o  “Cordeiro  no  Apocalipse”,  são  elas: Ap 19.7 e 9. Veja outras referências: Ap  5.6,8,12;  6.1,16;  7.9,10,14,17; 12.11;  13.8,11;  14.1,4,10;  15.3;  17.14;  19.7,9;  21.9,14,22,23,27;  22.1,3);  Há  outra  referencias  no N.T,  que  e  um  sentido  etimológico  diferentes  quanto  a  situação  e  descrição  bíblica,  vejamos:
a)  “amnós,  ou  –  cordeiro  –  usado  somente  com  referencia  a  Jesus,  conforme:  Jo  1.29,36;  At  8.32; I  Pe  1.19;
b)  “arén,  arnós”  -  cordeiro  –  referindo  ao  próprio  animal  em  comparação  aos  discipulos  de Jesus,  sendo  enviados  como  “cordeiros  no  meio  dos  lobos”  -  Lc  10.3. 
c) “Arnion,  ou  tó”  -  cordeiro  –  conforme  passagens  em:  Jo  21.15;  Ap  5.6,8,12; 
d) “Tremma,  atós,  tó”  -  se  refere  a  animal  domesticado,  especialmente  cordeiro  ou  bode  –  Jo 4.12;

CONCLUSÃO:
Este  é  o  evento  muito  esperado  pela  igreja,  saber  que  seu  noivo  amado  esta  vindo  buscá-la,  para enfim  morar  eternamente  com  Ele  na  eternidade.  É  uma  promessa  que  ele  fez  9Jo  14.1-3)  e  que breve  Ele  cumprirá  (At  1.11),  vindo  sobre  as  nuvens  e  chamar  sua  noiva  querida  (I  Ts  4.13-18;)  e ela  deve  sim  está  ataviada  e  bem  preparada  para  está  com  seu  amado  nas  mansões  celestiais  (Sl 45;  Mt  22.1-9;  25,10).  Prepara-te  ó  igreja  querida,  para  subir  e  encontrar  com  seu  noivo  que  vem com  suas  tochas  acesas  ao  seu  encontro  saltitando  de  alegrias.
Esboço e estudos realizado mediante consultas bíblicas e fontes de alguns autores renomados. (Subsídios para usar em sala de aula da EBD,  em 14 de Fevereiro de 2016.)
Teólogo José Roberto Alves da Silva

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