UM DEUS EM 3D
Texto: Isaias 12. (Podemos chamar o salmo do profeta
Isaías.)
Deus agindo em três momentos da história
de Israel e também na história humana. O 3D aqui neste
contexto se refere a ação dimensional de Deus na vida de seu povo e da
humanidade, visto que a historicidade de Israel aponta a situação da
humanidade, embora sendo eles o povo responsável para dar testemunho de Deus Jeová
(Yehovah) na terra, não lograram êxito, mas mostraram que mesmo em suas
transgressões, a ação divina em favor dos seus escolhidos. Visto que Deus
assim, quis alcançar não somente a nação, mas alcançar por fim toda a
humanidade com a sua maravilhosa salvação (Jo 3.16).
O texto profético de Isaías aponta para a
situação espiritual de Israel (Judá) que vivenciando naquele
momento, estavam num trajeto de desobediência e pecado, após pronunciar peso da
palavra do Senhor à nação nos primeiros capítulos, o profeta lembra ao povo,
que mesmo eles sendo levado ao cativeiro, chegaria enfim o dia em que poderiam
cantar e reconhecer as grandes misericórdias do Senhor, que provou seu povo,
mas enfim restaurou sua sorte. Por isso Isaias diz: “Naquele dia dirás...”
ou noutra versão: “Orarás naquele dia...” (Revista e Ampliada). Isaias
começou a profetizar antes da queda de Israel (722 a.C) para o cativeiro. E
passou pelo momento crucial do povo na escravidão da Assíria.
Ao falar o título desta singela mensagem,
podemos até imaginar que o título sobre Deus em 3D seria uma referência (Deus
Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo) a Trindade Santíssima ou até mesmo a
forma como Deus faz a sua obra. Portanto, Ao dizer sobre “Deus em 3D” me refiro
ao agir de Deus em 3 dimensões históricas ou seu agir em 3 situações da vida no
que se refere à sua salvação para nós.
Com base no primeiro versículo posso dizer que “Eis
que Deus é a minha (a tua e é a nossa) salvação”, em três dimensões temporais:
passado, presente e o futuro.
1. 1. NO
TEMPO PASSADO. (v.1).
A verdade, é que Deus conhece as nossas
vidas, antes mesmos antes de nascermos, a trajetória da
nossa existência está diante dele como um jornal que já foi lido, cujos
acontecimentos já se passaram. Mas no passado Ele estava conosco, vendo a nossa
desventura forma de viver no pecado sem “esperança e sem Deus no mundo”
(Ef 2.12). No tempo da invasão de Senaqueribe, foi Deus que salvou Seu
povo, nãos os muros que cercavam Sião ou os exércitos de Judá (Is 37:33-36).
Nos últimos dias, o remanescente fiel será salvo do poder do inimigo pelas mãos
do Senhor.
a. Tu
estavas irado contra mim; por causa do meu pecado. (Is. 54.7; Nm 25.3; Sl
38.1-5). Embora nascidos em pecados, carregamos em nós a
natureza que nos inclina para o mesmo, por isso éramos incapazes de sair da
situação que vivíamos e incapazes de ficar livres da mesma. O quadro de Israel
era o mesmo, foram escravos do Egito e incapazes sair de lá, preciso foi Deus
enviar o “resgatador” Moisés e assim libertar a mesma. Era o passado
mais remoto da nação, que ainda na trajetória até a terra prometida
prevaricaram contra Deus levantando a sua ira. (Nm 25.3) mas que
a mesma já estando no lugar prometido, mesmo liberto da opressão do Egito,
estavam presos pelos domínios do pecado que os acercavam das vizinhas nações.
Caiam sempre, se arrependiam quando repreendidos e Deus os acolhia. (Is
54.7).
“Juntando-se, pois, Israel a Baal-Peor,
a ira do Senhor se acendeu contra Israel”. (Nm 25.3).
“Por um pequeno momento, te deixei (este
deixa era o castigo), mas com grande misericórdia te recolherei” (misericórdia
de Deus, quando Ele sabe que merecemos o que merecemos por causa do pecado, mas
ele nos perdoa). (Is 54.7)
b. Como
outrora contra o mundo antigo. (Ex 6.13; 7.21-23; Sl 90.11). No
passado, através de Moisés, Deus agiu na ira contra a nação do Egito, revelando
o seu domínio e soberania sobre a terra, para isso Deus advertiu os filhos de Israel,
assim deu instruções de advertências contra Faraó. (Ex 6.13). A forma que
cada um recebera a palavra de Deus, assim fez Deus agir, levando as
pragas para a nação (Ex 7.21-23). Assim é preciso que despertemos
através dos exemplos históricos, que não devemos proceder no pecado e nem na
provocação da Ira do Senhor. (Sl 90.11). Paulo nos adverte: “Por que
do céu se manifesta a ira de Deus, sobre toda a impiedade e injustiça dos homens
que detém a verdade em injustiça”. (Rm 1.18).
2. NO TEMPO PRESENTE. (v.2).
a) Deus
é minha salvação. Jesus levou a ira sobre
si. (Is 53.5-8). O mundo estava totalmente sem rumo, Deus
não perdera a autoridade sobre o mesmo, mas precisava resgatar o home da sua
situação pecaminosa, Israel o povo da promessa de Abraão, que viria ao mundo
para por meio dele trazer benção espirituais a humanidade e a sua salvação (Gn
12.1-3) “Em ti serão benditas todas as famílias da terra”. A nação
no presente momento de Isaias, estavam pecando e provocando a ira de Deus (o
mundo jaz no maligno... I Jo 5.19 - pecando contra Deus). Deus
precisava disciplinar seu povo para conduzi-los ao arrependimento, assim como o
mundo precisa padecer para reconhecer o amor de Deus. O povo que
veio da promessa, embora improváveis para trazer solução divina, por causa do
pecado, formam eles mesmos, de onde Deus proveu a salvação da humanidade,
enviando seu Unigênito Filho para tornar-se carne “...em semelhança da carne
do pecado, pelo pecado condenou o pecado na carne” (Rm 8.3) para
morrer por nós no madeiro da cruz, para nos dar salvação (Jo 3.14-16).
b) Ele
foi feito pecado por nós. (I Pe 3.18; Gl 3.13).
O pecado gerou morte no homem, que subjugou o mundo, Deus ordenou que o homem
não o desobedecesse estando no Éden, mas o mesmo caiu em pecado e isso sob pena
de morte (tanto morte espiritual, como existencial - carnal) o homem é
predestinado a morte (Hb 9.27). Foi preciso Cristo descer ao mundo para
vencer o pecado e a morte. Ele foi feito pecado por nos mesmo sem pecado, para
julgar o pecado na carne sendo crucificado no madeiro.
“Porque também Cristo padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus; mortificado, na verdade, na carne, mas vivificado pelo Espírito”. 1 Pe 3:18
3. 3. NO
TEMPO FUTURO. (v.3).
a) Confiarei
e não temerei (v.2; Sl 27.1). Assim Deus foi no
passado, nos provendo a salvação, assim o é o presente (progressivamente) e
será no futuro, são etapas da salvação. Precisamos apenas caminhar na presença
Dele, “Entrega teu caminho ao Senhor, e o mais Ele fará” (Salmo 37.5).
O profeta faz lembrar ao povo de Israel como Deus sempre poupou a nação, mesmo
eles em desobediência, precisavam ser processados e moídos na tribulação e
provação para reconhecer a Soberania de Deu para só depois receberem a
restauração, a libertação e salvação!
b) “Vós
com alegria tirareis água das fontes da salvação”. (v.3)
Não há outro que possa salvar. Somente Deus é a nossa fonte de salvação!. É um cântico que expressa o
agradecimento intimo da alma, pelo favor imerecido de Deus (a graça) que nos
tirou do charco de lodo e do tremedal de lama, pondo os nossos firmes na rocha
(nos livrando da perdição). Assim são os que esperam em Deus “Mas os
que esperam no Senhor renovarão
as suas forças e subirão com asas como águias; correrão e não se cansarão;
caminharão e não se fatigarão”. (Isaias 40.31).
c) Merece
meu louvor. (v.4; Sl 103). E deverá ser o nosso reconhecimento,
pois a nossa salvação não limita a esta vida. Deu não nos prometeu livrar da
morte física, nem tão pouco dos problemas que pode nos acometer, mas antes nos
adverte a crê Nele (Mt 6.25-34), Paulo nos ensina “que as aflições
deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há
de ser revelada”(Rm 8.18), isso mostra como é bom esperar Nele e Dele
recebermos a salvação, ou seja, a revelação na sua vinda nos levará a adentrar
as mansões celestes e gozar do beneplácito (bel prazer, vontade) de Deus na
eternidade. (Ef 1.9).
d) “Direis
naquele dia:” (v.4). Aí se segue alguns verbos que denotam
alguém pronto a fazer algo depois do grande livramento. Para Israel esse era o
dever, quando eles finalmente saíssem do cativeiro, no caso, se referindo ao
povo de Judá e os poucos remanescentes de Israel. Aqui esse hino emprega
diversos termos para louvar a Deus. “Daí graças”
significa: reconhecei publicamente ou declarai alto, em público. “Invocai
o seu nome” pode ser reformulado como proclamai em Seu nome. “Tornai
manifestos” significa tornai conhecidos. “Contai”
significa fazei lembrar. Cada um desses verbos indica reconhecimento público, o
anúncio em voz alta dos milagres e obras de Deus. Entre os povos. A
exemplo do Salmo 117, trata-se de um poema pró-evangelização internacional.
e) “Cantai Louvores”. (v.5). Se refere ao culto de ações e graças, assim procederemos quando chegarmos na eternidade. “Grandes coisas fez o Senhor por nós, por isso estamos alegres” (Salmo 126.3) confirma o que o profeta havia profetizando acerca da libertação do povo do cativeiro e o que eles deveriam expressar. Assim a igreja adentrara a mansão celeste exaltando o Rei d Glória. (Salmo 24:3-10). E por fim exaltaremos a Deus dizendo: “Grande é o Santo de Israel no meio de ti”. (v.6)
Concluímos que: Deus é o mesmo,
Ele esteve conosco no passado nos salvando (salvação – do mundo, satanás e do
inferno), nos libertou e no presente está conosco nos conduzindo a celeste
Sião, (salvação progressiva mediante a pratica da santidade) e por nos salvará
eternamente (quando adentrarmos os Portais Celestiais e se encontraremos com o
REI DA GLÓRIA). Queres amigo nesta noite fazer uma decisão junto a Cristo para
receberes a salvação? “Se,
com a tua boca, confessares Jesus como Senhor e, em teu coração, creres que
Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Porque com o coração se crê
para justiça e com a boca se confessa a respeito da salvação. Porquanto a
Escritura diz: Todo aquele que nele crê não será confundido. Pois não há
distinção entre judeu e grego, uma vez que o mesmo é o Senhor de todos, rico
para com todos os que o invocam. Porque: Todo aquele que invocar o nome do
Senhor será salvo”. (Romanos 10:9-13)