INDICE CRISTÃOS BEREANOS

domingo, 18 de novembro de 2012

A SITUAÇÃO DO NOSSO CRISTIANISMO.

CRISTIANISMO? É O MESMO DOS PRIMEIROS SÉCULOS OU OUTRO DISTINTO?


Texto Base: Apocalipse 3.14-17
E ao anjo da igreja que está em Laodiceia escreve: Isto diz o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus: Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente; quem dera foras frio ou quente! Assim, porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca. Como dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta; e não sabes que és um desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu;”

INTRODUÇÃO

Estamos vivendo dias difíceis na terra, dias de um cristianismo estranho, distinto daquele que é descrito nas páginas do Novo Testamento. Estamos vivendo, como expressa em Apocalipse, um cristianismo morno, que se sente enriquecido e sente como se não precisasse de transformação. Dias de um cristianismo cheio de mascara, falido, quebrado, cheio de luxúria, ganância, cheio de adultérios, prostituições, avareza tal que vai além do que podemos imaginar. É hora de tirar as escamas de nossos olhos e enxergar a realidade. Pessoas que tomam para si reivindicações e revestem-se de autoridades impregnadas e alienadas á palavra de Deus, para se opor e sobrepor aos demais, como se fosse o “único oásis do deserto”. Certo dia ouvir alguém falar na TV, que as pluralidades denominacionais sãos como os compartimentos da Arca de Noé, tentando justificar um cristianismo rico e cheio de diversidades teológicas, que mesmo tendo diferenças denominacionais se mantém na mesma direção, mas isso não é verdadeiro, pois parece mais um corpo esquartejado e sem valor, não se parece ser o corpo de Cristo, mas um corpo defeituoso, aleijado e sem vida...

  1. O QUE É E O QUE NÃO É A IGREJA?
Quando falamos sobre Igreja, pensamos logo em primeiro lugar, o local em que estamos congregando, a nossa denominação. Pensamos em um templo rodeado com quatro paredes, feito de tijolo e concreto e um letreiro bem bonito lá em cima “Igreja Evangélica...”, bem pintado e arejado e lindo por dentro, com decorações e desenhos, frases e versículos bíblicos, painéis, flanelógrafos e etc..., pensamos ser alí o lugar que Deus sempre está, imaginamos que a nossa denominação é diferente, é a que segue os preceitos bíblicos, a mais verdadeira e primitiva, a primeira que vai na frente das outras, se limitamos meramente aos preceitos humanos, cheios de falácia, pobre, ao ponto de nós estarmos doentes e contaminados por uma virose do orgulho, a nossa denominação. O que é a igreja? A primeira menção neotestamentária que encontramos, é quando Jesus interroga seus discipulos sobre “quem seria ser Ele?” e Pedro “Petros” responde “ser Ele (Jesus) o Filho do Deus Vivo” e o Mestre ao comentar a resposta de Pedro, profere com autoridade para si, “a minha Ekklesia (Igreja)”. Esta Ekklesia é formada por pessoas que uma vez sendo compradas no sangue de Cristo, permanecem fieis a palavra de Deus, são os salvos, justificados em Cristo Jesus.

1.1 – Igreja não é a instituição denominacional.
A igreja não poderia ser apenas uma denominação institucional, pois ela se apoia em conceitos antro-teológicos, que busca nas escrituras a base doutrinária e arbitrária humana para definir um grupo de pessoas; somos ovelhas de Cristo, pertencemos a igreja do Deus Vivo, á “Universal assembleia, a igreja dos primogênitos inscritos no céu” onde somente os que estão firmados em Cristo pertencem, não somos ovelhas do sistema denominacional, partidário e distinto. As denominações mais parecem divisões dentro do cristianismo, seita de seitas, onde cada uma decide como viver e interpretar a bíblia, criando suas próprias doutrinas, são instituições que vivem em divisão:
Isto aconteceu na igreja em Corinto:
“Rogo-vos, porém, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que digais todos uma mesma coisa, e que não haja entre vós dissensões; antes sejais unidos em um mesmo pensamento e em um mesmo parecer. Porque a respeito de vós, irmãos meus, me foi comunicado pelos da família de Cloé que há contendas entre vós. Quero dizer com isto, que cada um de vós diz: Eu sou de Paulo, e eu de Apolo, e eu de Cefas, e eu de Cristo. Está Cristo dividido? foi Paulo crucificado por vós? ou fostes vós batizados em nome de Paulo? (1 Co. 1.10-15).
O mesmo acontece em nossos dias, quando alguém é indagado “A que igreja pertences?” e então vem as mais variadas respostas: “Sou da Assembleia, Congregação, Batista, Adventista, Presbiteriana, Unida, Luterana, Calvinista, Wesleyana, Metodista e etc. Um verdadeiro partidarismo denominacional, isso esquarteja o cristianismo, pois as diferenças denominacionais causam indiferenças entre os crentes, causam divisão e lutas internas, disseções são vistas, surgem o orgulho a bandeira denominacional, enfim torna obsoleto aquilo que é chamado de corpo de Cristo.

“Para alguns líderes cristãos hodiernos igrejas são apenas meras empresas, balcões de faturamento, locais de captação de dinheiro. Apenas isso. Mas a visão bíblica teológica é outra.” (Noções da História da Igreja, pg 9 – José Roberto de Oliveira)

Um cristianismo morno, fraturado, um corpo esquartejado e sem vida, que cheira mal no mundo. Um corpo degolado, pois está sem a cabeça que é Jesus Cristo. Por isso a minha resposta a esta pergunta é: faço parte da igreja do Deus Vivo (1 Tim. 3.15), a igreja dos primogênitos que estão inscritos no céu...(Heb. 12.23)” e logo vem a segunda pergunta: “É mais uma nova igreja?”

A igreja é composta de todos os crentes em todo o mundo, de todos que viveram dos dias mais remotos, em todos os séculos e em todos os tempos até os dias atuais; essa é a igreja que vai ser arrebatada!”
(José Roberto Alves)

    1. Igreja é um organismo vivo e único que pertence a Cristo.

Jesus ao reivindicar “minha igreja” estava na verdade falando sobre aqueles que seria resgatados do mundo, do pecado e das garras de satanás. Pois o significado de IGREJA vem do grego “Ekklesia” que quer dizer “chamados para fora”, demonstrando assim o chamado daqueles que estavam perdido, sem salvação, chamados para sair da escravidão do pecado para entrar no Reino de Deus. O significado amplo da palavra é “a convocação de um povo para uma reunião”, é o conjunto do povo de Deus em Cristo, que se reúne como cidadãos do Reino de Deus (Ef. 2.19). A igreja tem o proposito uno de está ao lado de Cristo, num só corpo, um só espirito, uma só fé, essa era a marca da igreja primitiva, todos se reuniam com unanimidade para adorar a Deus. Encontramos em Atos dos Apóstolos uma igreja que buscava a promessa da unção, o Espirito Santo – que é a vida da Igreja. Sem vida é impossível um corpo viver, e um corpo morto é impossível manter-se em um estado sem putrefação. E assim, tal corpo sem a presença de Deus, não poderá ser o “sal da terra” e nem a “luz do mundo” , é um corpo em densas trevas.

2. UM CRISTIANISMO DISTINTO.

Ao decorrermos as paginas neotestamentária, percebemos quão diferente era o povo de Deus, que tinha como objetivo uno, buscar a presença de Cristo; as reivindicações que a igreja almejava estavam pautadas nas palavras de Cristo. Foi Jesus que ordenou que igreja esperasse em Jerusalém o poder do alto, isto é, a capacitação do Espirito Santo, a qual chamamos de batismo. A igreja obedientemente permaneceu em oração (Atos 1.14) e como cressem no cumprimento da palavra de Jesus (Lc. 24.49) receberam o revestimento de poder, como indicio disso as “línguas como repartidas de fogo” (Atos 2. 1-3). A partir daí, a igreja foi cumprindo a sua missão de levar as boas novas de salvação aos povos e nações; onde destacam-se os apóstolos que uma vez tendo vivido ao lado de Cristo, testemunharam da realidade de suas palavras, de como Ele realmente era o Messias que fora profetizado pelos os profetas veterotestamentário. Pois bem, a igreja foi crescendo através do testemunho que os verdadeiros servos de Deus iam semeando, como o próprio Jesus havia ordenado quando da sua ascensão (Atos 1.8), o novo povo que agora surgira, foi crescendo e se tornou uma comunidade distinta da que comumente todo o judeu vivia, uma comunidade não apenas exclusiva ou partidária, mas que acolhia todos os homens, reconhecendo cada um como filho de Deus. No inicio houve um certo entendimento por parte dos apóstolos, que o evangelho deveria abranger somente as comunidades judaicas, não haviam recebido de Deus, uma revelação tal que abrissem seus olhos, para entenderem o plano de Deus. É através da conversão do mais zeloso fariseu Saulo de Tarses, que fora o maior empreendedor na perseguição da igreja cristã, que na sua conversão recebera de Jesus a ordem de levar o evangelho aos judeus e por achar que os tais eram obstinados de coração, então decide pregar aos gentios. A igreja agora começa a levar o evangelho a outros povos não judeus, esses que eram chamados de gentios, ou seja, toda a massa humana que não era necessariamente descendente de Abraão diretamente, mas que descendiam de Adão e tal participantes das mesmas promessas dada a Abraão, “...em ti serão benditos os povos de toda a terra.” (Gn. 12.3). Nesta empreitada que o apóstolo Paulo (“como depois fora chamado e reconhecido diante dos irmãos”) enfrentara, obteve sucesso, via então que a graça da salvação se estendia a todos os povos, mas isso veio mais adiante, trazer um alvoroço a igreja em Jerusalém, vindo assim a ser realizado o primeiro concilio para a discussão sobre a “salvação entre os gentios”, de onde também Pedro vivera uma experiencia extraordinária, teve de Deus a revelação sobre a conversão dos gentios.
A que ponto quero externar este assunto? Bem, é obvio que naquele momento, a igreja se preocupara não somente na conversão dos gentios, mas na questão da obediência a Lei moisaica, pois assim pensaram aqueles irmãos judeus, que os tais deveriam receber todo o ensino de Moisés e obedecê-lo, então foi decidido pelos os maiorais da igreja, que os tais não poderiam entrar neste quesito, mas que tão somente se abstessem do Modus Vivendi no qual estavam inseridos e recebessem a salvação em Cristo, bem como o batismo no Espirito Santo.
2.1 – CRISTIANISMO JUDAICO OU PAGÃO?
É bem verdade, que como cristão queremos realmente sermos a “...feitura...” de Cristo(Efésios 2 : 10); Termos as mesmas características do Mestre e vivermos até mesmos como os irmãos da igreja primitiva. Também é verdade, que precisávamos de liberdade e livre expressão a respeito de uma genuína fé, não aquela manipulada pela a religião, mas aquela que faça nascer em nossos corações a obediência ao chamado divino, de vivermos sempre em prol e em torno do grande e maravilhoso amor de Deus. Graças a Deus que nos libertou, e nos deu a chave dos portais celestiais, pois somos igrejas, e tal temos o poder de escolher: “os que podem entrar e sair do Reino de Deus.” Mas mesmo assim, estamos ainda num cristianismo cheio de mistura, ora pagã e ora judaica. É nestas misturas, que percebemos o quanto temos distanciado do padrão de igreja primitiva. Eis algumas dessemelhança temos com os nossos irmãos antepassados.
a) A questão de obedecer aos requisitos da Lei.
Neste ponto, o nosso cristianismo se apropriou de muitos elementos judaicos transformando em prática de fé cristã. Dentre eles estão os sabatinos – que comumente insistem na guarda do sábado. Outros que aproveitam os elementos dos rituais judaicos para tornar em elementos de adoração nos cultos cristãos. Existe também a questão das práticas de contribuições, tais como os dízimos, que embora muitas denominações utilizam, não vejo nenhum mandamento expresso no N.T. A questão é que não estamos debaixo da Antiga Aliança, mas vivemos do Novo Concerto que foi estabelecido em Cristo Jesus, o qual é a regra e conduta para a sua igreja.
Estamos vivendo, tempos em que muitos fazem questão de se tornarem indiferentes entre os demais cristãos, parece ser a síndrome da igreja de corinto, quando alí passou-se a surgir o “partidarismo corintiano” (I Co. 1.12,13). Somos de Cristo, mas não parece, muitos crentes adoram as suas denominações, como se fosse a única porta da salvação, a única arca de Noé. Neste aspecto entra o paganismo, quando se fala em idolatria ou iconografia.
Outros aproveitam a caótica situação espiritual da humanidade, para arrancarem de seus membros, milhões e milhões em dinheiro, isso aí chamo de Fé Mercadológica, pois esses vilões não se compadecem das almas que precisam de salvação, até parece que está voltando o tempo das “Santas Indulgências” que a igreja romana pregava em troca de dinheiro, e foi preciso que Lutero a combatesse, dizendo que o Papa deveria “...conceder salvação as pobres almas 'se assim poderia fazer' não por venda de indulgencias, mas por amor...”, hoje a fé assim como todo portfólio que muitas denominações oferecem, saindo como ultimo nessa lista – a salvação, pois bem, parece um pacote de vida cristã vendida por uns bocados de dinheiro, ou melhor 10% ou 30% de dízimos, denota o verdadeiro mercantilismo da fé cristã. Ainda vem a contribuição em carnê comumente vista na TV para ajudar o líder a pagar as dívidas que geralmente ele é que faz. O que dizer de algumas igrejas utilizarem “Maquinetas de Cartão de Crédito” para pagar os dízimos, e assim vai... Meu Deus!!! Que tipo de cristianismo é esse? Judaico, pagão ou mercadológico? Ao estudarmos as páginas do A.T, verificamos que o propósito das contribuições tinha outros fins ...veja:
"Porque os dízimos dos filhos de Israel, que oferecerem ao SENHOR em oferta alçada, tenho dado por herança aos levitas; porquanto eu lhes disse: No meio dos filhos de Israel nenhuma herança terão." (Números 18 : 24)
"Quando acabares de separar todos os dízimos da tua colheita no ano terceiro, que é o ano dos dízimos, então os darás ao levita, ao estrangeiro, ao órfão e à viúva, para que comam dentro das tuas portas, e se fartem;" (Deuteronômio 26 : 12)
As contribuições veterotestamentária eram realizadas como forma de suster os que trabalhavam no templo (tabernáculo), como também servia para suprir os pobres necessitados, era um beneficio previdenciário daqueles dias. Deus se importava e ainda se importa com os menos favorecidos.
Já as contribuições que averiguamos no Novo testamento eram de fatos para o sustento do povo de Deus, (naqueles dias não existia um sistema previdenciário para os que se convertiam a fé cristã, havendo uma deficiencia no meio da sociedade judaica). A igreja em comunhão se compungia em ajudar os pobres necessitados, doentes, orfãos e as viúvas, que Tiago afirma ser essa a prática da verdadeira religião
("A religião pura e imaculada para com Deus, o Pai, é esta: Visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações, e guardar-se da corrupção do mundo." (Tiago 1 : 27). a igreja assim assumiu esta responsabilidade social, como dízimo era a responsabilidade social de Israel para suprir os levitas e os necessitados de israel, as contribuições era e ainda é a responsabilidade da igreja.
Mas o que vemos, é que as contribuições ainda estão sendo para outros fins, as vezes só serve mais para favorecer os mais previlegiados e os bem favorecidos, que no fundo do coração não tem uma gota de piedade dos menores e despresíveis, e dos irmãos pobres e desfavorecidos. Falta muito ou passa muito longe do conceito de cristianismo, que considero hoje, um cristianismo fraudulento, fracassado, que se encaixa com o versículo citado como texto base: “... que nem és frio nem quente; quem dera foras frio ou quente! Assim, porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca...”(Ap. 3.15,16).
b) A intenção é compreender as coisas de Deus.
O nosso “Cristianismo – foi erguido no séc. XVI pelo o Monge Martinho Lutero chamado de protestante, e que ao longo dos tempos veio sofrendo muitas variações teológicas. Podemos destacar: O calvinismo pregando a predestinação, o arminianismo ensinando o livre arbítrio, daí surgindo as mais variadas controvérsias teológicas que ao invés de esclarecer os ensinos bíblicos, trouxeram as mais variadas formas de interpretações embaraçosas e problemáticas, daí surge as chamadas denominações: Os fundamentalistas, o movimento da extrema santidade, os pentecostais, os neo pentecostais, daí surgindo a mais propagada teologia da prosperidade, trazendo outras tais como: o triunfalismo, igrejas carismáticas, etc...
Em meio a todas as controvérsias atuais, os poucos servos que ainda buscam uma integridade diante de Deus, vão remando mesmo em meio as conturbantes águas divisoras do pensamento cristão. É verdade que é bom que surja as variadas heresias e partidarismo, para que os verdadeiros servos de Deus se manifestem e procurem verdadeiramente testemunhar da verídica palavra de Deus. A minha expressa opinião em vista dos acontecimentos é como em mim surgisse uma necessidade emergente de abrir os olhos de muitos, pois devemos lutar e combater todas as mazelas vergonhosas que tentam deturpar a imagem do verdadeiro cristianismo. Não sou contra o que a Biblia ensina, quando se trata do conhecimento teológico que desvenda com minuciosidade os detalhes doutrinário das santas escrituras, critico sim, o meio e a facilidade que muitos buscam para se lucrarem e até mesmo mercadejarem daquilo que Deus nos concedeu de graça e pela a graça, a salvação que Cristo nos concede. Estes dias, estive a meditar e tentar entender “que tipo de cristianismo” eu estou vivendo, ou que muitos dizem está vivendo?, pois a realidade do verdadeiro discipulo ainda não se cabe a muitos.
Me deparo com as palavras de Jesus: “Aquele que quiser ser meu discipulo, deverá primeiro renunciar a si mesmo, depois carregar a cruz e me seguir...” será que estas palavras de Jesus Cristo, realmente surtiu o efeito na vida de muitos? Alguns sim! Outros não! Há cristãos que estão vivendo as aparências, apegando-se aos bens deste mundo. Onde não deveria está o coração, muitos o colocam, apesar de viverem o materialismo, pensam ainda estarem andando na presença de Deus.
Desde já, amados de Deus, é preciso refletir sobre o que tipo de cristão estou sendo! Que cristianismo estou vivenciando! E que Cristo eu estou seguindo! “Não se deixe ser enganado pelo os falsos profetas, cuidado!” “eles vão até vocês vestidos de ovelhas, mais apenas disfarçados, pois são lobos devoradores”. (Mt 7.15; 24.4).

CONCLUSÃO:
Apesar de nestas poucas linhas manisfestar a minha indignação contra as divisões sectárias que o cristianismo vem sofrendo, apesar de já está estabelecido todos os seguimentos dentro ou fora do padrão bíblico, é difícil convencer a muitos a procurar vivenciar os ensinos de Jesus de maneira coerente. Não seguindo a ventos controversos de alguns lideres e teólogos que se manifestam a favor de si mesmos. É bem verdade, que muitos já tentaram erguer a bandeira de mais uma reforma dentro do cristianismo, mas são na maioria das vezes grupinhos que tentar radicalizar e tornar ainda mais o cristianismo obsoleto, mais uma fraturada reforma, que tenta agora apenas quebrar mais ainda os conceitos bíblicos, do que reformar o que existe.
É bom que todas as coisas tenha ocorrido, fazendo a história acontecer e ser escrita conforme o delinear da trajetória humana! É bom que tudo isso aconteça, pois vai indicando o sentido de seguir o verdadeiro caminho, apontando sempre para o estágio final de todas as coisas e sistemas. “Este estágio final, vai sendo revelado, de acordo com o entendimento em vista aos acontecimentos que surgem no seio do cristianismo. As divisões dentro das variadas denominações, o surgimento das variadas seitas e heresias, vai apontando e revelando que 'o Rei dos reis e Senhor dos senhores, o Cordeiro – Jesus Cristo que está a destra do Pai, Ele está voltando!” - Amém, ora vem Senhor Jesus. (Apoc. 22.20).

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Uma Homenagem a minha querida Mamãe...

Mamãe tu és o nosso Amor...


Que dias tão longos são, mas parecem uma eternidade”...
Cada momento a refletir, eu sinto uma grande saudade.
Saudades dos tempos de criança, Saudades dos teus cuidados.
Saudade que não se consola de quando estive ao teu lado.


Pensava a todo tempo que eu, teria sempre aqui,
Cuidando “sempre dos seus filhos, que vieram de ti...”.
Quantas vezes, eu a vi se preocupar com os seus filhos...
Quando o pão sempre faltava, se aprontavas ao desafio.


Me lembro dos alimentos, que a senhora preparava.
Enquanto ainda pequeno, em casa me ensinavas...
Aprendi a ler e escrever antes de na escola entrar,
Lendo as cartas do ABC, aprendi a soletrar...


Os dias foram se passando, estudei e caprichei...
Dentro de mim sempre pensando, “por tudo o que eu farei?”
Estudar foi o que queria para te trazer alegria.
Mamãe, eu queria te orgulhar , te recompensar.


Por tudo que a senhora fez. Que pena não poder te dar,
Tudo que eu queria, era teus sonhos realizar.
Mas eu creio que de todos os sonhos, mesmo sem pensar,
Era se entregar a Jesus Cristo para te salvar.


Mamãe, de todas as riquezas, e tesouros que temos aqui...
O bem mais precioso é o que se guarda alí.
Quando entregamos de verdade, a nossa vida a Jesus.
Deixando todo bem daqui, para entrar no céu de Luz.


Mamãe, eu sei que teu nome tinha “das Dores”,
Presenciei momentos tristes,, de lutas e dissabores.
Mas eu sei que de alegria”, preencheu teu coração.
E apesar de duros dias, contemplava a celeste mansão.


Teus últimos dias entre nós, demosntrava uma vida feliz.
Me falavas sempre que podia e dizia que assim era bom,
Sentia dores e dizia, “sei que não terei muitos dias”!
E num dia inimaginável, recebi uma triste noticia.


Pensei de se tratar de outra coisa, e jamais percebi...
Que justamente naquele dia, de minha vida te perdi.
Neste dia que partias, amanheci desanimado,
Executando o meu serviço, sentindo um vazio inexplicado.


Só Deus sabe o quanto me preparava, para te dar a noticia,
Que alguns dias estaríamos com a senhora, e te trazer alegrias.
Que sempre me falava que uma festa ia preparar.
Mamãe, esta solenidade, era pra te visitar.


Este dia seria a sua partida, que a nós todos reunia,
Que somos dependentes até, do mais distante parente.
Te amo e recordo, com lágrimas e grande dor...
Não posso mudar o que Deus fez, mas posso viver com amor.


Te amamos sempre, é expressão de nossa alma,
Te amamos e guardamos todos os momentos felizes,
De partilha, de conselhos, de união e de amor.
Papai e filhos que te expressam, Mamãe tu és o nosso Amor.

sábado, 27 de outubro de 2012

A VERDADEIRA LIBERDADE



Texto: João 8.32-36

INTRODUÇÃO:

Quase sempre quando falamos sobre Liberdade, lembramos das histórias que giraram em torno deste nome almejado por muitas raças, etnias, grupos e sociedade.
Ao lembrarmos da história ocorrida em nosso país há séculos atrás, na época da escravatura, logo entendemos que os escravos africanos, por que na maioria, eles eram negros, ao passar o tempo começaram a lutar pela a dissolvência da escravatura, almejando uma liberdade. Houve várias manifestações e lutas, revoltas em prol da tão sonhada liberdade, liberdade de terem o direito de viverem livres, sem dono, sem sofrimento, e almejavam a viverem em total igualdade com os demais homens, que assim constituía a massa branca da humanidade. Veio a Lei do Ventre Livre, que libertavam os filhos de escravos que nasciam a partir do sancionamento da lei, e por fim a Lei Áurea, que abolia de uma vez por todas a escravidão no Brasil. Este é um exemplo prático e vivido pelos os nossos antepassados no Brasil. A Bíblia registra a história de Israel, quando também se encontrava no Egito, foram escravos naquela nação, mas Deus os libertaram com sua poderosa mão, através de Moisés. Não é diferente, quando o homem desde da fundação do mundo, quando pecou, vivia (e ainda vive) em total escravidão, só que no passado, antes de vir o Messias, a humanidade vivia presa em laços ferrenho do pecado e morte, mas quando chegou o Redentor e Salvador Jesus, este concedeu plena liberdade e salvação aos homens. “Mas os que o receberam , deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no seu nome.” Jo 1.12.

1.QUE VERDADE É ANUNCIADA POR CRISTO?
a) De que verdade, se referia Jesus?
Ao meditarmos nas palavras de Jesus, veremos que Ele estava falando de conhecer a revelação de Deus, que dá ás pessoas, e essa revelação fora transmitida em duas maneiras:
Palavra Escrita – são as santas escrituras, que são os oráculos de Deus a toda a humanidade, revelada aos seus servos, os profetas, sacerdotes, homens que se dispuseram a realizar a vontade de Deus, durante todos os tempos até os dias atuais, aprendemos que a Bíblia, é a inerrante e inspirada palavra de Deus, é ela que orienta o homem a andar em retidão diante de Deus, e o conduz ao estado perfeito para com Ele (2 Tm 3.16,17).
Palavra Viva – que João identifica no inicio do seu evangelho como o Verbo, a revelação viva de Deus para a humanidade, essa é revelação especial de Deus a toda a humanidade, visto que é o Único Filho de Deus, Jesus Cristo, o esperado de Israel e de todas as nações. Conhecer a verdade, é de fato conhecer Jesus, aceitá-Lo como Único Senhor e Salvador. (Jo 1.1,4), e que ao conhecer a verdade significa, recebê-la, obedecê-la e considerá-la acima de toda e qualquer coisa ou opinião terrena.

2. DE QUE ELA PODE NOS LIBERTAR?
Há três oposições fortíssimas no presente século, que combatem veemente contra as coisas espirituais, são: satanás, o mundo e a natureza humana – a carne.
a) Satanás – É o opositor e implacável inimigo de Deus, e é ele que tenta desvirtuar a humanidade, já que a mesma encontra-se em estado de pecado, devido as ações dele. Ele faz de tudo, para que a humanidade jamais se aproxime de Deus, para receber a salvação e libertação das corrupções do mundo e obter a vida eterna. ( Veja: 2 Co 4.4). Quando o homem aceita a Cristo, imediatamente ele está livre das ações do inimigo, e uma vez liberto, nenhum mal poderá lhe ocorrer, pois está sob a proteção de Deus. Precisa tão somente o homem viver conforme a toda a vontade de Deus, para que assim possa ser livre das astutas ciladas do diabo. (Ef 6.11; Tg 4.7).
b) O mundo – Quando falamos em mundo, referimos ao “sistema social corrompido e degenerado pelo o pecado, fomentado por satanás”, que faz com que o homem se distancie de Deus. Por isso João em sua primeira epístola, nos adverte a não amarmos o mundo (I Jo 2.15-17). Podemos vencer o mundo, quando aceitamos o amor de Cristo na vida e quando isso acontece logo o nosso barco se vira contra a maré, e isto significa remar contra todos os sistemas humanistas, sociológicos, filosóficos, étnicos, religiosos, enfim é esta na contra mão daqueles que estão indo para a perdição. É rejeitar de fato tudo que há no mundo, os seus desejos, pecados, e aquele que quer servir a Cristo, deve ter em mente que “no mundo tereis aflições” e que todo cristão é “um carregador de cruz”. (Mc 8.34; Jo 16.33).
c) A natureza Humana, chamada “carne” - A sede dos desejos pecaminosos e corrompidos pelo o pecado, que Paulo cita em Romanos 8.1-8, onde ele fala de sua luta constante contra o “espirito” (que é a sede dos desejos puros e retos,que conduz o homem servir a Deus.), a carne ou os desejos impuros e corrompidos no ser humano, faz com que ele fique distante da glória de Deus, pois nela está localizado todos os sentimentos e desejos, cobiça que dirige o homem na desventura da desobediência, guiando ao abismo sem retorno, que ilude e o convence de que não há possibilidades de remissão, somente quando aceitamos a Cristo, somo s libertos desses sentimentos perversos, e andamos conforme toda a vontade e conselho Deus, com uma nova mente, “a mente de Cristo” (I Co 2.16).

d) Os judeus estavam sob a escravidão.
Judeus precisavam serem libertos da tradição do judaísmo.
Os judeus serem livres do pecado. (v.34).
Precisamos também está livres do pecado. (Rm 6.16,17).

3. QUE LIBERDADE É ESSA, QUE DEVEMOS ALMEJAR?
a) devemos almejar ser livres, para ganhar a Vida Eterna.
por que sabemos que a escravidão do pecado, nos condena, além de mortificar espiritualmente o homem, ainda mortifica eternamente, quando este morre fisicamente sem Deus. (v.35)
O galardão do pecado é a morte. (Rm 6.23)
O pecado afasta o homem da Glória de Deus. (Rm 3.23)
b) Almejar o galardão final.
-Cristo concede um galardão final para aqueles que o aceitam e permanecem em fidelidade até o fim. (Ap 2.10)
É Jesus a nossa redenção, através Dele somos livres. (v.36)
Em Jesus não temos nenhuma condenação. (Rm 8.1,2)
Ele purifica o pecador através do seu sangue, quando este reconhece o seu sacrifício e ressurreição. (Rm 10.9; I Jo 1.7).

CONCLUSÃO.

Ao homem, Deus quer conceder a verdadeira liberdade, adquirida na cruz, bastando somente este reconhecer seu estado de prisão e escravidão (do pecado) mediante o livre arbítrio que Deus lhe concedeu. Por isso Deus, enviou o seu Único Filho para salvar a humanidade de seus pecados (Jo 3.16), livrar da opressão do inimigo (satanás), da sutileza e ilusão dos prazeres do mundo e dos desejos pecaminosos e corrompidos da carne. E somente a revelação da palavra de Deus fará com que o homem aprenda e receba a liberdade de Deus, através da revelação especial de Deus (Jesus) que este homem receba além da liberdade, uma vida de total livramento, que é a salvação eterna em Cristo Jesus. Só Jesus é a nossa porta de escape, o nosso livramento e propiciação dos nossos pecados, o caminho da eternidade, o bem mais precioso e almejado por todos os salvos. Enfim resta ao homem nesse momento, reconhecer que além de ser um pecador, precisa se arrepender do seus pecados e receber o sacrifício expiatório de Cristo, para poder adquirir a Vida Eterna.


Esboço elaborado por: José Roberto Alves

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

A TRINDADE SANTÍSSIMA

Mateus 3. 16,17; 28. 19.

"E, sendo Jesus (FILHO) batizado, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus (ESPIRITO SANTO) descendo como pomba e vindo sobre ele. E eis que uma voz dos céus (PAI) dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo."

                "Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;"


 
Estudo elaborado por: José Roberto Alves da Silva

Não posso pensar em um e único, sem que me veja imediatamente envolvido pelo fulgor dos três; nem posso distinguir os três, sem que me veja imediatamente voltado para um e único.” (NAZIANZO, Gregório de. Sermão sobre o santo batismo).

Eis que me aparece, como num enigma, a Trindade. Sois vós, meu Deus, pois Vós, Pai, criastes o céu e a terra no princípio de nossa Sabedoria, que é a vossa Sabedoria, que de Vós nasceu, igual e co-eterna convosco, isto é, no vosso Filho. (…) No vocábulo “Deus”, eu entendia já o Pai que criou todas as coisas; e pela palavra “princípio” significava o Filho, no qual tudo foi criado pelo Pai. E, como eu acreditasse que o meu Deus é Trino, procurava a Trindade nas vossas Escrituras e via que o vosso Espírito “pairava sobre as águas”. Eis a vossa Trindade, meu Deus: Pai, Filho e Espírito Santo. Eis o Criador de toda criatura.” (AGOSTINHO, Aurélio. Confissões. São Paulo: Nova Cultural, 1999. p. 379-380).


INTRODUÇÃO:

O conhecimento genuino de Deus é a chave para a posse da vida eterna, conforme afirmou o .Senhor Jesus (Jo 17.3). Embora seja dificil do ponto de vista racional, entender esse misterio, é absolutamente verdadeiro que Deus aparece nas Escrituras como um Deus trino. A palavra “Trindade” propriamente dita, não ocorre no texto canônico, mas a doutrina está abundantemente espalhada através de ilustrações, declarações, referencias e inferencias, sendo elementos suficientes para nos convencer de sua realidade.

O termo Trindade (lat. Trinitas), foi cunhado pelo bispo Tertuliano (160-230), para ser o designativo da doutrina de que Deus é a coabitação eterna e perfeita de três pessoas que partilham da mesma Deidade.

Para se alcançar um entendimento sóbrio e isento de heresias acerca da Trindade é necessário analisar os dados bíblicos, dos quais naturalmente emerge essa doutrina, ao invés de se criar modelos e tentar encaixar a Bíblia a eles. O melhor modelo que podemos utilizar para a explicação da Trindade deve ser o reflexo direto dos dados escriturísticos.

1. NOÇÕES GERAIS DE TRINDADE.

1.1 – As dificuldades da doutrina:
Muitas pessoas encontram dificuldades quando começam a estudar a doutrina da Trindade por duas razões:
a) A primeira: É que esta palavra não ocorre no texto bíblico.
b) A segunda: É que o Antigo Testamento ensina com muita veemência a doutrina da “unicidade” de Deus. Não devemos nos perturbar com isso, pois existem muitas outras palavras que não ocorrem na bíblia e tratam de temas, doutrinas, e práticas absolutamente pertinentes á vida cristã, por exemplo: Escola Dominical, Missões, etc...

Essencialmente, Deus é Uno. Todavia, está patente na Bíblia que Deus subsiste eternamente em três pessoas distintas: O Pai, O Filho e o Espírito Santo. A revelação bíblica nos aponta três pessoas igualmente divinas (Mt 28.19). Não se trata absolutamente de três deuses, mas de três pessoas divinas que possuem a mesma essência e eterna divindade. Trindade é o modo triúno em que Deus é. “A Bíblia revela três pessoas, cada uma distinta, em seu oficio, das outras. Além disso, são perfeitamente uma unidade em caráter e harmonia, e juntas consistem uma divindade, sem nunca serem três deuses”.

1.2 – O ensino bíblico:

O Pai, o Filho e o Espírito Santo são três pessoas absolutamente distintas (Jo 16. 7-10; 13-15). O texto aqui descrito nos dá a certeza da distinção das três pessoas, Jesus é quem narra estas expressões, chamando o Espirito Santo de Ajudador (v.7), e no versículo 15, Ele fala na pessoa do Pai. Vemos com isso, que cada um possui sua própria personalidade. Nenhuma das três pessoas é a outra. Cada uma tem a sua própria identidade. A divindade pertence a cada uma das três Pessoas e as todas três. Logo, o Pai é Deus, o Filho é Deus e o Espírito Santo é Deus. Deus são as três pessoas. Os três são Deus e Deus são os três.

2. A TRINDADE NO ANTIGO TESTAMENTO.

No princípio criou Deus os céus e a terra. E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas”

Analisando o texto em hebraico temos:



Deus (hb. elohiym, plural de ‘elowahh, designação do supremo Deus), no princípio (hb. re’shiyth, o primeiro em lugar, tempo, ordem ou ranking) criou (hb. bara’, criar, fazer e ‘eth, propriamente, por si só, ou seja ‘criou sem qualquer auxílio) os céus e a terra. E a terra era (hb. hayah, vir a ser, tornar-se) sem forma e vazia (hb. tohuw, desolação, deserta, sem coisa alguma, bohuw, estar vazia, vacuidade, ruína indistinguível); e havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus (hb. ruwach elohiym, semelhante ao fôlego, exalação violenta, aplicável apenas a um Ser racional) se movia sobre a face das águas.

Do exame acima, pode-se concluir que: Deus foi o responsável pela criação de todas as coisas, através do Seu princípio (Jesus, cf. Ap. 3.14) e Seu Espírito Santo já encontrava-se em operação no mundo.

A criação do homem reflete o consenso da Deidade, ao utilizar “façamos (hb. ‘asah, fazer no sentindo mais amplo e extensivo possível)… à nossa imagem e semelhança (hb. tselem, uma sombra, figura representativa, dmuwth, similitude, forma, modelo)” em Gn.1.26-27.

Existem muitas afirmações divinas que reclamam a existência e a presença de mais de uma pessoa. Na criação do homem, Deus usa a expressão “façamos o homem a nossa imagem” (Gn 1.26). É claro que Deus não se aconselhou com os anjos quando decidiu criar o homem, conforme alguns entendem de Is 40.14. Em Gn 11.7, Deus diz: “Eia, desçamos e confundamos alí a sua língua...” Em Is 6.8, o Senhor pergunta: “A quem enviarei e quem há de ir por nós?” O primeiro versículo da Bíblia oferece um forte argumento á doutrina da Trindade. A palavra “Deus” é a tradução da palavra “Elohim” e a palavra “criou” é a tradução da forma verbal “barah”.

Pois bem: Esta forma verbal exige um sujeito no singular (criou), mas a palavra Elohim é um nome próprio na forma plural. Existem algumas afirmações diretas que incluem a existência de três pessoas. Exemplos: (Is 48.16) “O Senhor Jeová me enviou o seu Espírito”. São dignas de consideração e estudo algumas passagens do Antigo Testamento, tais como a benção tríplice de Nm 6.24-26 e a doxologia de Isaías 6.3.

3. A TRINDADE NO NOVO TESTAMENTO.

3.1 – NOS EVANGELHOS.
É possível estudar a doutrina da Trindade em todos os Evangelhos. Por ocasião do batismo de Jesus (Mt 3.16,17), o Pai faz uma proclamação desde os céus; em forma corpórea de pomba descendo sobre Jesus. Observamos a Trindade na fórmula batismal prescrita pelo Senhor em Mt 28.19. Várias vezes Jesus menciona o Pai e o Consolador e o Espirito da Verdade em seu sermão no Evangelho segundo João, nos capitulos 14 a 16, Jesus fala do Pai e do Espirito Santo como pessoas a Ele ligadas através da divindade, mas perfeitamente distintas em personalidade. Ex.: Jo 14.16; 16. 7-10, etc.

3.2 – Em Atos dos Apóstolos.
Naturalmente, o convívio com Jesus e a aprendizagem de seus ensinos levaram, seus discipulos a uma plena compreensão da Trindade. Em Atos 1. 7,8 o Senhor Jesus se refere de maneira cristalina as três Pessoas. Em Atos 2. 32,33 as três Pessoas são mencionadas com distinção.

3.3 – Nas Epístolas.
O Apóstolo Paulo nos deixou um material abundante, que diz respeito a Trindade. Foi ele quem nos apresentou a bênção apostólica em I Co 13.13. O apóstolo Pedro distingue magistralmente as três Pessoas bem como suas eternas atividades na obra da Redenção (I Pe 1.2)

3.4 – No Apocalípse.
Várias referencias e inferencias são encontradas no último livro da Bíblia, dentre as quais, destacamos os capítulos 1. 4,5 e 4. 8. Cocluímos, por tanto, que Deus é Triuno: Tri em personalidade e manifestação e Uno em divindade, pois só existe um único e Verdadeiro Deus (Dt. 6.4; I Jo 5.20).

Notas Adicionais do Professor:

1. A ideia de Trindade está presente nos seguintes casos na Bíblia.
a) Criação do Homem. (Gn 1.26; 3.22; 11.7; Is 6.8; Mt 3.16,17; 28.19; I Co 12.4-6; 2 Co 13.13; Ef 4.4-6; I Pe 1.2; Jd 20,21 e Ap 1.4,5.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

O FRUTO DO ESPIRITO SANTO.



Por: José Roberto

Texto: Gálatas 5. 22 e 23.



Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança.”

INTRODUÇÃO:

O verdadeiro resultado da conversão de uma pessoa a Cristo é o aparecimento de novos comportamentos que vão alterar a conduta e o carácter do homem. Na Epístola de Paulo aos Gálatas 5.22, o apostolo fala sobre o “Fruto do Espirito”, essa grande benção que Deus tem concedido na igreja e de extrema importancia na vida do crente, pois é atraves dela que o crente passa a ter uma vida de santificação que o conduzirá a grandes realizações e vitórias.

1.O QUE É O FRUTO DO ESPÍRITO?

São virtudes e qualidades que o Espirito Santo manifesta na personalidade do crente. É o resultado das características que há em Cristo e que foram introduzidas na vida do pecador que se arrependeu (Jo 15.1-5; 2 Co 4.10,11). Quando a comunhão com Cristo é interrompida, a manifestação do Fruto do Espirito também é interrompida na vida do homem.

Notemos que expressão usada por Paulo está no singular “Fruto” e não “Frutos”. A palavra “Fruto” vem do grego Karpós e significa “Maturação”, juntando-a com a palavra Espirito, temos a conclusão de que este termo quer dizer: “As virtudes de Cristo são amadurecidas no crente como resultado da comunhão constante com o Senhor Jesus. Nenhum crente pode considerar-se completo se nele não houver a manifestação dessas virtudes. (Ver Tg 1.4; 2 Pe 1.4-8).

2. CLASSIFICAÇÃO DO FRUTO DO ESPIRITO.

Embora a palavra Fruto está no singular como foi mencionado, porém engloba noves virtudes, as quais são:

2.1 – Amor (gr. “Agápê”Αγάπη).
Esta expressão vem do grego, que no sentido da palavra é a própria essência do amor. Paulo ainda define como o vinculo da perfeição (Cl 3.14). É o amor espontâneo, imutável e sacrificial, que nos leva a amar até os nossos próprios inimigos. (Mt 5.46,47).

2.2 Gozo ou alegria
(gr. “kara” Χαρά).

É o regozijo espiritual, a alegria do amor. (At 5.41,42; 13.52). É a felicidade que é produzida pelo o Espirito Santo em nós, mesmo que estejemos em dificuldades e tribulações (2 Co 7.4).

2.3 Paz (gr. “Eirene” Είρήνη).

No hebraico encontramos “Shalom”. É o resultado decorrente da união intima do crente com Deus. É um estado de calma interior. É tranquilidade perfeita, independentemente das circunstancias da vida (Mc 9.50). Quanto ao seu funcionamento, a paz é o AMOR PACIFICADO (Mt 5.9) em sua utilidade, podemos com a paz guardar, conservar os bons pensamentos (Fp 4.8) e ter comunhão com todos (Hb 12.14).

2.4. Longanimidade
(gr. Μακροθυμία).

Pronuncia “Makrotymía” e é um dos atributos de Deus (2 Pe 3.9). É paciencia para suportar as ofensas. É tolerancia para aguentar com mansidão e humildade uns aos outros em amor. (ef 4.2; Tg 1.3). É o AMOR ESPERANDO.

2.5. Benignidade (gr. Χρηστοτης).

Krêstótês” é a graça e misericórdia. É a qualidade do benevolente (Cl 3.12). É gentileza de espirito e excelência de caráter com bom tratamento e anelando sempre o bem para o próximo (Ef 4.32; Cl 3.13). é o AMOR AGRADANDO.

2.6. Bondade (gr. Agatosune)

Agatosyne” e denomina-se como a prática do bem. É quando amor entra em ação, fruto de um coração integro e reto (Gl 6.10).

2.7. Fé “Pístis” (gr. Πίστις).

Ocorre aproximadamente 244 vezes em todo o texto do N.T, a fé é o fruto que conduz a fidelidade. “Aquele que tem fé é fiel” esse fruto torna o cristão fiel, pois leva-nos a crê e ser fiel Àquele que nunca vimos, mas cremos na sua existência

2.8. Mansidão “ Praytês” (gr. Πραΰτης).

Mesmo diante de fatos desagradáveis, o crente permanece inalterado, é a moderação que nos conserva pacíficos (Nm 12.3; Mt 11.29). Quanto ao seu funcionamento, é o AMOR COM SERENIDADE (Ef 4.1-3; 1 Pe 3.4). Sua utilidade diz respeito ao aspecto individual.

2.9. Domínio Próprio (gr. “Egkratéia” έγκράτεια).

É a capacidade de autodomínio próprio, é o freio que colocamos à nossa vida (Tg 3.2). É o controle do nosso espirito (Pv 16.32; 25.28), palavras (Cl 4.6) e atitudes (I Co 6.12), é o AMOR EQUILIBRADO.

3. COMO ADQUIRIR O FRUTO DO ESPIRITO.

3.1 – Entendendo a sua natureza.

É o Espirito Santo quem implanta na vida do crente o Fruto do Espirito. O objetivo é transformar o crente segundo a natureza divina (Ef 3.19; 2 Co 3.18). E assim, o crente passa a ter os sentimentos de Cristo (Fp 2.5)

3.2 – Dependendo de Deus

O Fruto do Espirito é algo divino em nós; é um processo de transformação moral que está muito alem da capacidade do homem decaído. É indispensável a dependência de Deus para que seja gerado em nós o “FRUTO”.

3.3 – Dedicando-se ao serviço de Deus.

Através da dedicação o crente experimenta a cada dia uma manifestação crescente da presença de Deus em sua vida (2 Co 4.16; 3.18), resultando na posse das virtudes divinas. É necessário, portanto a cooperação do livre arbítrio no propósito da dedicação a Deus.


Redação, Pesquisa e Editoração:

José Roberto Alves da Silva
Bacharel em Teologia, Professor de Discipulado da
Congreg. Jardim Maravilha, Petrolina – PE.
Site: www.osfundamentosbiblicosdafe.blogspot.com
E-mail: joseroberto.teologo@gmail.com